2/27/2013

MEC planeja que alunos carreguem livros didáticos em tablets


Em 2013, a estudante Beatriz Aguiar ingressou no 1º ano do ensino médio em uma escola particular de Brasília. Além de todas as mudanças já esperadas para o período, mais uma: o material escolar agora não ocupa mais do que o espaço de um tablet na mochila. Por quatro parcelas de R$ 277 ela comprou as obras que serão usadas e atualizadas durante o período letivo. O Ministério da Educação (MEC), planeja, para os próximos anos, dar acesso a esse material aos alunos da rede pública.

Consta no edital para os livros a serem distribuídas em 2015 pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) a inscrição de obras multimídia, que reúnam livro impresso e digital. Eles deverão ter vídeos, áudios, animações, infográficos, mapas interativos, páginas da web e outros objetos que complementarão as informações contidas nos textos escritos. "Além de termos acesso aos textos, temos outros recursos para ajudar no aprendizado, eu estou gostando muito", diz Beatriz. Hoje é o Dia Nacional do Livro Didático, e a Agência Brasilprocurou a opinião de especialistas sobre as tendências nessa área da educação.
Segundo a pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Priscilla Tavares, a digitalização do material didático apresenta pontos favoráveis como a aproximação dos alunos por meio de um material mais atrativo. "Avaliações do ensino reportam que os alunos não frequentam a biblioteca por falta de interesse pela leitura. Por outro lado, além de atrair, essas obras têm alcance restrito: o aluno, em casa, pode não ter computador ou internet". Dados do Ibope Media mostram que no terceiro trimestre de 2012, 94,2 milhões de brasileiros, menos da metade (47,5%) tinham acesso à internet.
Os alunos estão adaptados, têm maior convívio com os meios digitais, mas muitos professores não têm esse conhecimento. O recurso audiovisual é bom quando se sabe usar.

Priscilla Tavarespesquisadora da Fundação Getúlio Vargas
Priscilla afirma também que os meios digitais podem ajudar no desempenho dos estudantes ou atrapalhar. Um estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) de 2007 concluiu que as escolas com acesso à internet têm maior eficiência, que se reflete no desempenho dos estudantes. O mesmo estudo mostrou que os laboratórios podem ser mal utilizados, levando ao pior desempenho por "alocar equivocadamente' o tempo dos estudantes. "Os alunos estão adaptados, têm maior convívio com os meios digitais, mas muitos professores não têm esse conhecimento. O recurso audiovisual é bom quando se sabe usar", diz a pesquisadora.
Para melhorar o acesso, o Ministério da Educação (MEC) já distribuiu 382.317 tablets. A meta é chegar a 600 mil até o final deste ano. Na primeira etapa, os equipamentos serão destinados a professores de escolas de ensino médio. Apenas o Amapá e o Maranhão não aderiram ao programa. Estão previstos conteúdos de domínio público, outros disponibilizados pelo MEC e pela Khan Academy. Por ano, o ministério investe cerca de R$ 1 bilhão pelo PNLD.
De acordo com o presidente Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), o setor busca o aperfeiçoamento na área para atender à demanda cada vez maior. Ele explica no entanto, que os preços não devem sofrer muitas alterações: "É possível que fique mais barato com a eliminação da cadeia de custo do papel. No entanto, surge outra cadeia, que envolve hospedar a obra em algum servidor para acessá-la pela internet entre outros. No fim, trocam-se alguns custos por outros".
O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara defende um modelo já adotado nos Estados Unidos, o chamado Recursos Educacionais Abertos (REA), por meio do qual o governo compra os direitos autorais das obras. Isso permitiria que os professores tivessem acesso facilitado não apenas a uma obra por disciplina (como ocorre pelo PNLD), mas a todas as disponibilizadas pelo MEC. "O professor pode usar 20, 30 obras, variando em cada aula como achar melhor". O REA consta no Projeto de Lei 1513/2011, em tramitação na Câmara dos Deputados. A Abrelivros adianta que caso o modelo passe a vigorar, deverá ser cobrado um valor adequado à disponibilização do conteúdo. [Fonte: Terra]

2/20/2013

Como é usar um Google Glass? Veja o vídeo

Como ter um Google Glass?

Juntamente com o lançamento do vídeo hoje, o Google está convidando pessoas comuns para testarem o Google Glass. Primeiro, é preciso morar nos Estados Unidos. Depois, ter mais 18 anos e ser “criativo e ousado”. Além dos pré-requisitos acima, é necessário dizer – em uma postagem no Google+ ou no Twitter – o que você faria se tivesse um Google Glass, usando a hashtag #ifihadglass (se te eu tivesse óculos).

A justificativa pode conter um texto de até 50 palavras, 5 fotos ou também um vídeo de até 15 segundos e ser publicada até 27 de fevereiro. Mas não basta ter uma boa ideia: nada disso é de graça. Os escolhidos – o Google não divulgou o número de pessoas que receberão os óculos – terão que desembolsar US$ 1.500 (mais impostos) para comprar a versão de teste do Google Glass, além de comparecer a um evento em Nova York, São Francisco ou Los Angeles. O site do Google Glass mostra o produto disponível em cinco cores batizadas de carvão, tangerina, pedra, algodão e céu.

O projeto:

Em abril do ano passado,o primeiro vídeo publicado sobre o projeto do Google Glass dava uma ideia do protótipo, com o mesmo conceito do divulgado hoje, mas com algumas funções diferentes:


Mercado:

O Google Glass deve chegar ao mercado ainda este ano e custar entre U$S 500 e U$S 1.000. Nesta semana, rumores de que o Google abriria lojas nos Estados Unidos estão relacionados ao lançamento da novidade. 

O objetivo: permitir que potenciais consumidores testem os óculos inteligentes. Ontem, as ações do Google atingiram valor recorde desde que a empresa estreou na bolsa de valores Nasdaq, em 2004. Os papeis chegaram a ser negociados a US$ 807. Hoje, por volta das 12h20 (horário de Brasília), as ações do gigante de buscas estavam em queda de 0,26%, cotadas a US$ 804,78. [Fonte: Estadão]

2/05/2013

Notebooks e informatização nas escolas mudam realidade de alunos


De tamanho diminuto e configurações modestas, pequenos notebooks têm mudado a vida de estudantes paraguaios. O projeto Una Computadora Por Niño, iniciativa da ONG Paraguay Educa, conseguiu algo que parecia impossível: disponibilizar computadores portáteis para cerca de 10 mil estudantes de uma pequena cidade em um país considerado subdesenvolvido.
A cidade de Caacupé, próxima à capital Assunção, foi o ponto zero de uma revolução iniciada em 2009, quando a ONG, ligada à fundação norte-americana One Laptop Per Child, começou a distribuição de computadores entre professores e alunos de escolas públicas e particulares. Tanto os docentes quanto os estudantes envolvidos no projeto recebem treinamento e são acompanhados pelo período de dois anos, quando aprendem a tirar o máximo proveito das ferramentas oferecidas pela plataforma.
No Brasil, um projeto semelhante é levado adiante pelo governo federal e pela CCE, vencedora do pregão para a escolha da empresa que distribuiria 150 mil computadores para aproximadamente 300 escolas públicas. O programa já atinge dezenas de escolas em seis Estados brasileiros, onde professores e alunos têm acesso ao sistema que visa à inclusão digital e ao aumento na cadeia produtiva comercial brasileira.
Para Guilherme Canela, coordenador de Comunicação e Informação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para Mercosul e Chile, essa nova forma de educação é essencial. "Essas tecnologias vieram para ficar, fazem parte do que hoje se chama sociedade da informação ou sociedade do conhecimento. Não faria sentido, dada a presença dessas tecnologias, que as escolas estivessem fora desse processo", afirma.
É necessário que a capacitação dos professores venha atrelada a uma sintonia com a direção das escolas envolvidas. "Os professores precisam saber como utilizar essas tecnologias em benefício da qualidade da educação e isso não é trivial. Em muitos casos, há capacitação de professores, mas não dos diretores da escola. É preciso que ela ocorra ao longo do tempo, não só um processo inicial. Além disso, um problema verificado em toda América Latina é a falta desse tema na formação dos professores. É preciso reconhecer as tecnologias e que as escolas deveriam entender como se pode fazer uso delas para melhoria da qualidade educacional. Com tudo isso acontecendo, as análises apontam que a introdução de tecnologias contribui com o ensino. Porém, se uma dessas peças do quebra-cabeça faltar, os resultados serão aquém do esperado e investido", destaca Canela.
Porém, esse tipo de uso divide opiniões. Para Esther Cristina Pereira, psicopedagoga e diretora pedagógica da Escola Atuação de Curitiba, a inserção de tecnologias nas séries iniciais pode ser prejudicial. "Creio que as crianças em tenra idade precisam aprender de forma mais clássica, lúdica, as coordenações motoras finas e grossas dependem disso. Além disso, a inserção do lúdico é essencial, com os meios digitais utilizado de forma ampla esse desenvolvimento é prejudicado", afirma. Ainda para a psicopedagoga, é importante que as aulas sejam bem planejadas e atreladas de forma condizente com as faixas etárias. "As crianças já vivem em um mundo de informação, largá-las na frente de um computador pode mais limitá-las do que abrir horizontes. É importante que haja um planejamento muito bem feito de aulas e conteúdos bem adaptados para os meios", destaca.
Já para Marta Bernadete da Silva, coordenadora do Laboratório de Informática Educacional (LIE) da Escola Municipal de Ensino Fundamental Getúlio Vargas, de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, o Projeto Um Computador por Aluno apresentou poucos desafios aos estudantes. "Com os alunos não houve grandes dificuldades, o único cuidado é gerenciar o uso das redes sociais durante as aulas. Este assunto é constantemente debatido entre os professores e optou-se em permitir o acesso das redes no intervalo, conforme a orientação dos professores", comenta.
Marta reforça, também, que alunos e professores levam os computadores diariamente para a escola a fim de aprender sobre novas formas de aprendizado. "É um processo contínuo por meio do compartilhamento de experiências, repensando o currículo e ressignificando os processos de aprendizagem na busca da construção do conhecimento", afirma. Para a coordenadora, as aulas se tornaram mais dinâmicas e interativas. "O uso das ferramentas digitais proporciona aos alunos atividades diferenciadas como pesquisas na internet, comunicação síncrona e assíncrona, espaços virtuais de aprendizagem e utilização de softwares", destaca.
Escola investe em tecnologia para atrair a atenção dos alunos
Para o diretor do Flama Sistema de Ensino, Alexandre Rangel, é necessário mexer em toda a estrutura pedagógica para fazer o jovem se interessar pelos estudos hoje em dia. "É preciso reformular esse formato tão obsoleto. Devemos introduzir nas salas de aula novos atrativos para prender a atenção do aluno. Ele não pode ser convidado, por exemplo, a decorar um conteúdo. Ele precisa entender e absorver o conhecimento".

Rangel ressalta, no entanto, que não basta os colégios se modernizarem. "Os professores precisam se reciclar urgentemente, sob pena de se tornarem obsoletos. Eles têm a dificílima tarefa de educar uma geração muito exigente".
Na tentativa de quebrar esse paradigma, o Flama adotou uma apostila digital em forma de aplicativo para tablets. Todo o conteúdo é conectado a uma TV na sala de aula. O software utilizado tem como aliado infográficos interativos para explicar e contextualizar as matérias. Durante uma aula de geografia sobre abalos sísmicos, por exemplo, o estudante enxerga na tela como e de que forma ocorrem os tremores, com infográficos simulando as ondas provocadas pelo hipocentro (ponto de origem do abalo no interior da Terra) e ainda mostrando o que ocorre no epicentro, proporcionando uma visualização "real" sobre o que está sendo estudado.
Com a utilização desse material desde o início de 2012, o grupo tem notado turmas mais motivadas e concentradas. Consequentemente, houve diminuição das notas vermelhas. "As aulas estão mais produtivas. Os professores não precisam perder minutos preciosos escrevendo no quadro fórmulas ou tentando desenhar o sistema solar cada vez que entram numa nova turma. Isso significa ganho de tempo. Com o novo método, é possível aprofundar-se nos assuntos, abordar questões mais relevantes, responder a mais dúvidas e fazer muito mais exercícios", explica o diretor do Flama.
Com o sucesso, o grupo acredita que os tablets vão ganhar o espaço da lousa digital, bem mais cara e com pouca mobilidade, já que o estudante não pode levá-la para casa. Já com o equipamento portátil, o aluno estuda em qualquer lugar, mesmo no modo off-line.
Por tudo isso, o grupo já pensa em comercializar o material didático para outras escolas do País. "O custo de tudo isso é irrisório, já que não será preciso comprar tantos livros a cada ano. Outra vantagem significativa é o estudante não mais carregar quilos e mais quilos de material nas mochilas. E trata-se de uma opção ecológica, já que não utiliza papel", ressalta o diretor.[Fonte: Terra]

2/01/2013

"Educação é terrível no mundo todo", diz pesquisador de tecnologia


"Educamos para um contexto que não existe mais", afirmou o especialista Marc Prensky - Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Mais do que mudar a forma como a tecnologia é usada na educação, a proposta de Marc Prensky é mudar toda a educação, pois ela é "terrível" em todos os lugares do mundo. O especialista em educação e tecnologia, convidado da Fundação Telefônica na Campus Party Brasil deste ano, explicou em palestra na noite desta terça-feira sobre como os "nativos digitais" precisam ter de seus professores.
O termo "nativos digitais" refere-se às pessoas que já nasceram na era digital, e se opõe aos "imigrantes digitais", ou aqueles que conheceram o mundo antes da internet. O palestrante americano mostrou uma foto sua em 1970, com um violão, e depois outra atual, com um tablet. Na sua percepção, os nativos digitais têm mais facilidade de adaptação.
"O mundo todo está em uma má situação em termos de educação", diz, "não são só países como o Brasil, só países em desenvolvimento". "E por que digo que a educação é terrível? Porque educamos para um contexto que não existe mais", afirmou, explicando que hoje em dia não se precisa de matemática, ciência e física como na época em que essas temáticas foram incluídas no currículo. "E ninguém ouve quando alguém diz, 'vamos fazer isso diferente'", completou.
Na visão de Prensky, o foco da educação deveria estar nos "verbos" e não nos "substantivos". "Questionamos se as crianças deveriam usar o PowerPoint, a Wikipédia em sala. Mas isso são 'substantivos'. O que realmente queremos é os 'verbos': apresentar, aprender, ler", explicou. "Os verbos não mudam, queremos os mesmos 'verbos' há mil anos", resumiu, citando pensamento crítico, lógica, criatividade. "E há muitos desses verbos, mas temos que nos perguntar: quais são os 'verbos'-chave? E só depois que soubermos disso, nos perguntamos quais 'substantivos' vamos usar", definiu.
Cérebro estendido
Para responder a essas perguntas, o especialista apresentou o conceito do cérebro estendido, uma soma do cérebro de cada um com as possibilidades oferecidas pela tecnologia. Para o pesquisador, o cérebro é bom em algumas atividades, mas pode se beneficiar das máquinas para, por exemplo, "lembrar tudo ou processar três milhões de dados". Em um dos slides, Prensky resumiu a ideia com uma citação de uma criança de 10 anos: "antigamente as pessoas precisavam saber de cor os números de telefone".

A forma de lidar com esse cérebro estendido seria, pois, combinar as potencialidades das máquinas e dos cérebros. "E acho que é isso que vocês estão fazendo aqui. Vocês são as pessoas que vão criar a inovação", afirmou à audiência do palco principal do Anhembi Parque.
Para falar sobre suas ideias aplicadas à educação, o pesquisador citou um estudante que disse "a coisa mais inteligente que já ouviu": que professores entendem a tecnologia como ferramentas, enquanto estudantes a entendem como uma fundação, uma base que se estende sob o restante.
Trivial x poderoso
Prensky também falou de como vê a tecnologia envolvida na educação de duas formas, uma "trivial" e a outra "poderosa". "A primeira é fazer as mesmas coisas que sempre fizemos, em novas formas - sempre escrevemos, agora temos um blog ou usamos teclado. Eu chamo de trivial, não porque não é importante, mas porque já fazíamos antes. E há as coisas que não podíamos fazer, que chamo de poderosas", explicou citando chamadas de voz por IP, tweets, impressão 3D, inteligência artificial, jogos, simulações e robótica entre as formas "poderosas" de a tecnologia influenciar a educação.

"Mas por mais que gostemos de tecnologia, é preciso lembrar que há coisas muito importantes na educação que a ela não faz", destacou, citando empatia, escolha e paixão. Para ele, essas são as coisas que o cérebro faz melhor, e que é nisso que os professores devem se focar, adaptando o 'como' ensinam.
E é preciso adaptar também, segundo Prensky, mudar o "o quê" se ensina. Ele defende que no novo modelo de educação os jovens sejam "nós da rede", que possam se conectar o máximo possível e que os professores orientem o percurso, fazendo, de acordo com o pesquisador, o que cada um faz melhor: os estudantes, se conectar e achar os conteúdos, e os professores, questionar, orientar e avaliar.
"Muito se diz que a escola precisa ensinar 'o básico' para as crianças, mas 'o básico' também está mudando", defendeu, apresentando sua proposta do que seria o novo "básico" da educação formal, que ele chamada de eTARA, sigla em inglês para o conjunto de pensamento, ação, relacionamento e conquista efetivos. Programar, na lista de Prensky, é parte de pensamento efetivo, assim como ética de relacionamento, e empreendedorismo de ação.
O pesquisador finalizou incentivando os empreendedores e geeks que o ouviam a criar aplicativos, programas e outras ferramentas para mudar a forma do ensino usando a tecnologia. [Fonte: Terra]

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