4/10/2013

SP: engenheiros criam plataforma que corrige provas para professores


Não basta planejar aulas ou fazer relatórios. É preciso - a cada fim de bimestre ou semestre - corrigir as dezenas de provas dos alunos. Quantos professores já não sonharam, como em um passe de mágica, terem suas avaliações corrigidas? Essa é a solução que a startup Pod (Plataforma Otimizadora de Correção de Provas) entrega aos educadores. Criada há um ano por jovens engenheiros da Poli/USP, ela já vem sendo usada como projeto piloto em quatro instituições - de ensino médio e superior - em São Paulo. 
A plataforma ajuda a otimizar o trabalho dos docentes ao corrigir automaticamente provas objetivas e facilitar a correção de avaliações discursivas, além de criar relatórios e gráficos que podem contribuir para estratégias pedagógicas das instituições. Ainda em fase embrionária, a ideia é que, em um futuro breve, a startup consiga realizar procedimentos de avaliação mais complexos, como corrigir uma prova de filosofia por meio de sistemas de inteligência artificial, que permitirá, além de ler o contexto de um texto digitalizado, ser capaz, inclusive, de avaliá-los virtualmente. 
A maioria das provas não é feita para os alunos, mas para os professores, que criam testes de múltipla escolha por conta da falta de tempo para corrigi-los
Miguel ChavesCofundador da Pod
"A maioria das provas não é feita para os alunos, mas para os professores, que criam testes de múltipla escolha por conta da falta de tempo para corrigi-los. Muitos deles adorariam fazer avaliações dissertativas, para identificar realmente o aprendizado do aluno", afirma o engenheiro Miguel Chaves, cofundador da Pod, que é também uma das oito selecionadas dentre mais de 70 inscritos para apresentar seus negócios durante a sessão Debate entre Empreendedores, Investidores e Especialistas no Transformar 2013.
O evento, realizado pelo Inspirare e Porvir, em parceria com a Fundação Lemann, acontece no dia 4 de abril em São Paulo, e pretende oferecer novas referências e apoiar a sociedade brasileira a continuar avançando no esforço de trazer a educação do País para o século 21.
Como funciona a ferramenta
Na prática, assim que os professores aplicam suas provas, um representante da startup é avisado. Ao chegar na instituição, por meio de um escâner, ele digitaliza as provas - cerca de 30 a 40 folhas por minuto - , abrigando-as, em seguida, na plataforma. Lá, as avaliações objetivas são corrigidas automaticamente - em até 24 horas -, enquanto as discursivas ficam à disposição dos docentes, que podem corrigi-las a partir de qualquer dispositivo conectado à internet.

Além disso, quando as provas são multidisciplinares, os professores de cada disciplina ou de uma questão específica são comunicados, podendo corrigi-las simultaneamente. "Essa solução contribui principalmente para automatizar trabalhos repetitivos, ajudando os professores a reverter o tempo que é gasto corrigindo provas em outras atividades, como no acompanhamento mais próximo de seus alunos", afirma. Atualmente, o serviço, que é pago, vem sendo realizado por meio de contratos semestrais com as instituições.
Outro diferencial da plataforma é a geração de relatórios, que podem, inclusive, ser enviados diretamente à escola ou aos pais dos alunos. A partir dos resultados das provas, por exemplo, é possível comparar a evolução de cada aluno ou das turmas nos diferentes bimestres do ano letivo. Em outro caso, as escolas podem também equiparar as notas dos estudantes com a média do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
"Daqui a três anos será possível implementar a inteligência artificial, permitindo que as provas digitalizadas possam ser lidas e, inclusive, avaliadas pela próprio sistema virtual", afirma Miguel Chaves.
De acordo com ele, a ideia é que a startup se torne uma empresa especializada em qualquer tipo de teste, além de contribuir para a massificação dessas ferramentas de avaliação - como acontece em grandes vestibulares, como Enem e Fuvest. "A Pod pretende acompanhar a evolução dos processos. No futuro, nosso sonho é corrigir automaticamente provas subjetivas, como uma redação de filosofia, por exemplo", diz ele, que desenvolve a startup ao lado dos amigos engenheiros Erik Miguel de Elias, Fábio Gusukuma e Diogo Dutra. [Fonte: Terra]

Plataforma dá feedback para educadores melhorarem aulas


Desenvolvida sobre os pilares interação, aprendizagem social e avaliação, a plataforma Edthena, disponível por enquanto somente no idioma inglês, tem como objetivo dar suporte ao “meio” e fornecer as “mensagens” para os educadores melhorarem as suas aulas. Se isso já faz lembrar o filósofo e educador canadense Marshall McLuhan, que cunhou a expressão “o meio é a mensagem” na sua tese central, muito mais do conceitual mcluhaniano pode ser identificado nesse espaço web à medida que se navega na plataforma.
A Edthena elege como ferramenta essencial o vídeo. Esse é o meio. Somente enviando um registro audiovisual para a plataforma, com o conteúdo de uma aula própria, o educador poderá receber feedbacks de outros educadores e de monitores credenciados na mesma rede. Os feedbacks podem começar a aparecer instantes seguintes ao upload. Essas são as mensagens. O coaching on-line, portanto, depende das interações feitas a partir do vídeo. Ainda focando McLuhan, no livro Revolução na Comunicação (1968) o pesquisador defendia que “a tarefa educativa não é fornecer, unicamente, os instrumentos básicos da percepção, mas também desenvolver a capacidade de julgamento e discriminação por meio da experiência social corrente”.
O professor disponibiliza a sua metodologia, “abre” a sua produção para outros profissionais em troca de dicas, de sugestões, de novos caminhos
No ambiente do Edthena, a experiência social é essencial para a percepção. Os retornos, ou “pitacos” de quem faz parte do universo “aulas”, fomentam a experiência do coaching on-line, a proposta central para o educador ali presente. Tudo se dá sob a moeda da troca. O professor disponibiliza a sua metodologia, “abre” a sua produção para outros profissionais em troca de dicas, de sugestões, de novos caminhos. Ao mesmo tempo, está ali igualmente credenciado para se colocar no papel de avaliador.
Mesmo com a dinâmica de rede social, o Edthena não se trata de um espaço de interações abertas. O educador que está ali sob avaliação faz parte de um grupo. A plataforma foi pensada para ser oferecida diretamente a instituições depois que o professor de ciências Adam Geller, o empreendedor responsável pelo projeto Edthena, constatou a falta de feedback de qualidade das instituições de ensino para os seus corpos docentes. Por isso são as instituições que pagam pelo serviço dependendo do número de usuários individuais que levem para o ambiente. “Eu fui inspirado a pensar sobre modelos de apoio que podem ajudar rapidamente um educador a melhorar [a sua atuação] mesmo em uma situação de recursos limitados”, disse Geller em entrevista ao blog EdTech Rising.
Fui inspirado a pensar sobre modelos de apoio que podem ajudar rapidamente um educador a melhorar (a sua atuação) mesmo em uma situação de recursos limitados
Adam Gellerresponsável pelo projeto Edthena
O modelo parece estar agradando. No primeiro ano de funcionamento, foram cerca de 20 mil horas de instrução registradas na plataforma, de acordo com dados fornecidos no próprio site da Edthena. A parceria com instituições como a Universidade de Washington e a organização não governamental Teach for America, da qual ele faz parte, reforçaram a atuação, que cresceu no segundo ano, quando mais de 25 mil horas de instrução já haviam sido registradas antes mesmo de a última mensuração para 2012 ter sido realizada.
Para a pesquisadora do Núcleo de Comunicação e Educação da ECA-USP e professora da disciplina “Produção coletiva de vídeo” no curso de pós graduação semipresencial Tecnologias na Aprendizagem (Senac-SP), Márcia Coutinho, a experiência coletiva, seja para a formação de educadores ou para a produção efetiva de um material para fins didáticos, carrega sempre muito potencial. Ela chama a atenção, porém, para a possibilidade de o conteúdo do vídeo, em casos de pouco conhecimento técnico do educador, ser criado, usado e até replicado de forma incipiente. “Mas até para essa evolução técnica pode ser que as opiniões trocadas no ambiente online colaborem”, diz Coutinho, que faz questão de frisar que não considera fundamental para o sucesso de empreitadas como a da Edthena que os usuários dominem a questão técnica.
“Em um trabalho colaborativo de formação, o que precisa estar claro para todos é o objetivo daquela formação e a metodologia, mas é óbvio que se tivermos um material audiovisual estático e conservador, não teremos o mesmo potencial de um material interativo”, avalia ela, que há mais de 10 anos forma, em ambientes online, professores e mediadores para o uso das tecnologias na educação.[Fonte: Terra]

4/01/2013

Professor do MIT defende onda de cursos digitais de acesso gratuito


Presidente de uma plataforma de cursos abertos para massas (MOOCs, na sigla em inglês), o edX, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT),  Anant Agarwal, tem muito para falar e ensinar sobre sobre a onda dos cursos digitais de acesso gratuito. As principais universidades americanas já investem forte no ensino. Ano passado, Harvard e o Instituto de MIT criaram o edX, que já tem 800 mil alunos inscritos - incluindo 23 mil brasileiros - em 23 cursos: sete do MIT, seis de Harvard, seis da Universidade da Califórnia e quatro da Universidade do Texas. Para o indiano, "tudo que o aluno precisa é ter vontade de aprender e conexão à internet”, disse ele em entrevista ao Estadão
Os cursos não têm apenas videoaulas expositivas, mas também exercícios e avaliações virtuais. Ao contrário do ensino a distância tradicional, nessa modalidade não há a figura do tutor e grande parte da aprendizagem se dá pela interação entre os alunos nos fóruns de discussão. Quando aprovados, os estudantes recebem um certificado do edX. “Num futuro não tão distante será comum para as universidades reconhecerem créditos dos MOOCs”, diz Agarwal, que fará na quinta-feira a conferência de encerramento do Transformar, um evento em São Paulo sobre inovação e tecnologia na educação. Segundo o professor, promover o acesso de alunos de qualquer lugar do mundo à educação é um grande benefício das plataformas. Outro, para a universidade, é que ela não precisa sair do câmpus para oferecer cursos. Assim, um dos grandes benefícios para as universidades também é poder aumentar muito a qualidade da educação no campus. [Fonte: Terra]

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