10/07/2013

Aprenda na Internet e de Graça

Muito mais que uma simples moda os cursos on-line se apresentam como uma boa alternativa de aprendizado. Para estudar basta ter uma conexão com internet, alguns minutos diários (no ônibus, intervalo do trabalho, etc) e vontade de aprender. Através de plataformas disponíveis na internet é fácil aprender um novo idioma, obter reforço nas matérias escolares e até mesmo mergulhar nos mistérios da genética.


As vantagens de se optar por um curso on-line são muitas. Para quem não tem tempo para frequentar a escola, a maior delas é a disponibilidade, pois é possível assistir às aulas em qualquer dia e horário. E se o problema é a grana curta as cursos gratuitos são a melhor alternativa.

A seguir listamos 9 cursos gratuitos em diversas áreas:
[Fonte: Yahoo]
Khan Academy
Tem cursos em português? Sim
Uma sugestão legal de curso é... Matemática
A Khan Academy surgiu em 2008 nos Estados Unidos com o objetivo de oferecer educação gratuita e de alto nível. O sucesso lá fora fez com que empresas privadas investissem na tradução do conteúdo para o português. Atualmente a plataforma conta com mais 600 aulas de diversas áreas como Química, Física, Biologia e Matemática. As vídeo-aulas estão dubladas em português e disponíveis de graça para qualquer pessoa com sede de conhecimento.
Prime Cursos
Tem cursos em português? Sim
Uma sugestão legal de curso é... Corretor de Imóveis Básico
A Prime oferece aos seus alunos cursos de diversas áreas, tais como: saúde, contabilidade, meio ambiente e várias outras. Um dos que se destacam é o de corretor de imóveis, que oferece aluno a possibilidade de aprender uma profissão muito valorizada no mercado de trabalho. A escola de ensino a distância não possui vínculo com o CRECI.
Nube Tem cursos em português? Sim
Uma sugestão legal de curso é... Tenha sucesso em processos seletivos
Nube é uma organização que visa a colocação de jovens no mercado de trabalho, oferecendo ofertas de estágios, dicas e também cursos gratuitos. O conteúdo oferecido visa aumentar as chances na hora da seleção de emprego. Outros cursos on-line oferecidos e bastante úteis são: Falar em Público: Encare Esse Desafio!; Marketing Pessoal: Sua Imagem é Você!; Gestão de Carreira; e Como Elaborar um Currículo.
Duolingo
Tem cursos em português? Sim
Uma sugestão legal de curso é... Aprenda Inglês
O Duolingo é uma maneira divertida e interessante de aprender inglês. É praticamente um jogo, no qual se tem que terminar uma "fase" para passar para próxima. Tudo é gratuito e não há propaganda, nem qualquer tipo de cobrança oculta. É 100% grátis. Basta se cadastrar e aprender. Além do site, o Duolingo possui aplicativos para celulares e tablets.
CIEE
Tem cursos em português? Sim
Uma sugestão legal de curso é... Produção de texto e redação empresarial
O CIEE possui diversos cursos de curta duração (cerca de 12 horas). O curso de produção de textos ensina como escrever de maneira lógica os documentos necessários para a comunicação nas grandes empresas. Pode ser útil também para profissionais que escrevem artigos para internet, os blogueiros, pois ensina técnicas para a elaboração de um texto.
Bradesco
Tem cursos em português? Sim
Uma sugestão legal de curso é... Finanças Pessoais
Entre diversos cursos sobre o uso do Word, do Excel, um que se destaca é o sobre como controlar o orçamento familiar e fazer uso responsável do crédito. O banco ensina opções de investimentos e as técnicas eficientes para o seu planejamento financeiro.
Sebrae
Tem cursos em português? Sim
Uma sugestão legal de curso é... Aprender a Empreender
Segundo pesquisa recente da Endeavor, uma organização internacional sem fins lucrativos, 3 de cada 4 trabalhadores brasileiros sonham com o negócio próprio. E o Sebrae dá "armas" (ou cursos) para as pessoas interessadas em empreender. O curso "Aprender a Empreender", por exemplo ensina como fazer o fluxo de caixa, escolher produtos, entre outras coisas.
FGV Ensino Médio Digital
Tem cursos em português? Sim
Uma sugestão legal de curso é... Ensino Médio Digital
Neste site os alunos podem tirar aprender várias coisas relacionadas ao Ensino Médio. As aulas estão divididas em quatro áreas de conhecimento (Linguagens e Códigos, Matemáticas, Ciências Humanas e Ciências da Natureza).
Me salva
Tem cursos em português? Sim
Uma sugestão legal de curso é... Matemática Competências
Criado por estudantes da UFRGS (Universidade federal do RS) o site ajuda universitários e vestibulandos em ciências exatas. Agraciado com o "Prêmio Jovens Inspiradores" trata-se de uma ótima plataforma de aprendizado. Um curso intensivo de matemática para quem vai fazer o ENEM, composto de 11 aulas com 27 exercícios.
Leia também:


9/13/2013

Professor não detém exclusividade do saber, diz pesquisador da Nasa

O pesquisador acredita que a inteligência artificial irá alcançar a inteligência humana entre 2029 e 2045
Foto: Sinepe/RS / Divulgação
No centro de pesquisa em que o venezuelano Jose Luis Cordeiro trabalha, nos Estados Unidos, a missão é ambiciosa: "educar, inspirar e capacitar líderes para aplicar tecnologias exponenciais para enfrentar os grandes desafios da humanidade". Pudera: Cordeiro é pesquisador da Nasa, na Singularity University – mais conhecida como a Universidade do Futuro, localizada na Califórnia (EUA).
Nascido em Caracas há 51 anos, o venezuelano correu o mundo para chegar à concepção atual que tem de educação e tornar-se uma referência mundial na defesa do uso da tecnologia em favor do aprendizado. Passou pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Cambridge (EUA), onde se formou e fez mestrado em engenharia mecânica; estudou economia internacional e política comparada na Georgetown University, em Washington (EUA); e fez MBA no Institut Européen d’Administration des Affaires, em Fontainebleau (França). Já o doutorado foi realizado entre o MIT, o Institute of Developing Economies, em Tóquio (Japão), e a Universidad Simón Bolívar, em Caracas.
Se as escolas não adotam tecnologias para o futuro, elas serão ignoradas pelos estudantes
Jose Luis Cordeiropesquisador da Nasa
A experiência ao redor do mundo – foram mais de 130 países visitados, em cinco continentes – alimentou suas teorias sobre educação. Entre as ideias que defende estão o uso da internet para democratizar o ensino, a liberdade para que as potencialidades dos estudantes apareçam e uma certa obsolescência do professor, que não detém mais a exclusividade sobre o saber, e sim as ferramentas para facilitar o aprendizado. Mas ele tem uma esperança. "Finalmente, a educação parece estar mudando e se tornando mais independente e personalizada", afirma.
Em recente passagem pelo Brasil, em julho deste ano, Cordeiro pôde acompanhar qual o estágio da educação no País. Para o pesquisador, qualquer cidade tem potencial para produzir singularidades. Porém, ele alerta para a urgência de uma mudança na proposta de aprendizagem, já que, acredita, a inteligência humana corre o risco de ser ultrapassada pela artificial em breve. Ele falou sobre essas e outras ideias envolvendo educação e tecnologia nesta entrevista exclusiva para o Terra. Confira:
Terra – Por que a inteligência artificial irá ultrapassar a humana?
Jose Cordeiro – Nós, continuamente, criamos computadores mais poderosos, baratos e rápidos. De acordo com a Lei de Moore, computadores dobram de capacidade a cada 10 meses. Se essa tendência continuar, a inteligência artificial irá alcançar a inteligência humana entre 2029 e 2045.

Terra – Se isso ocorrer, qual deverá ser o estímulo dos estudantes para acumular conhecimento?
Cordeiro – As pessoas precisam decidir se elas querem se juntar ao futuro ou permanecer no passado. A comunidade Amish, nos Estados Unidos, e algumas tribos indígenas na Amazônia decidiram ficar no passado, enquanto a maior parte da humanidade continua andando para frente. No futuro, nós vamos nos misturar mais e mais com a tecnologia, não só com óculos e próteses, mas também com implantes cerebrais.

Terra – Se a diferente apropriação destas tecnologias está na singularidade das pessoas, como lidar com uma educação que molda os estudantes e não respeita suas particularidades?
Cordeiro – A educação precisa mudar radicalmente se as pessoas querem seguir adiante. Nós ainda usamos métodos de ensino que estão séculos defasados, enquanto muito mudou no mundo. Agora, finalmente, a educação parece estar mudando e se tornando mais independente e personalizada. Os MOOCs (sigla, em inglês, para Curso Online Aberto e Massivo) são somente um exemplo de como as tecnologias estão radicalmente mudando a educação hoje.

Terra – Com a experiência de ter passado por mais de cem países, o que o senhor acredita ser crucialmente diferente no ensino nos cinco continentes?
Cordeiro – A educação é, em geral, muito conservadora, em quase todos os lugares. Mas, agora, a tecnologia permite o aprimoramento de todo o processo educacional. Dois países estão fazendo grandes mudanças na área da educação: Finlândia e Coreia do Sul, e ambos deveriam ser estudados e entendidos como exemplos de um novo sistema educacional.

Terra – O senhor vê a internet e os bancos de dados como formas de imortalizar o conhecimento?
Cordeiro – Sim. Assim como os livros permitiram imortalizar nosso conhecimento depois da invenção da escrita, a internet irá continuar este processo e tornar todo conhecimento da humanidade disponível para qualquer um, em qualquer lugar e a qualquer momento. Projetos como o Google Loon (no qual serão usados balões para levar internet a áreas mais remotas) irão tentar tornar a internet livre e disponível para todos, em todos os lugares e a todo momento.

Terra – Para o senhor, a internet pode ser comparada com qual outra invenção histórica?
Cordeiro – A internet pode facilmente ser considerada a terceira mais importante tecnologia da história da humanidade, depois da língua falada e da escrita.

Terra – E a inserção da internet nas escolas é comparável a que outro momento histórico?
Cordeiro – A internet irá democratizar a educação e a aprendizagem muito mais do que a criação das primeiras escolas e a invenção dos livros.

Terra – A partir das suas ideias, uma humanidade mais evoluída seria centrada no conhecimento, a partir também da revisão de valores que temos hoje. Qual o papel dos professores neste quadro?
Cordeiro – Professores são parte integrante do processo educativo, não só como doadores de conhecimento, mas também pela troca de sabedoria. Os professores, no futuro, serão mentores e instrutores da experiência de aprendizado dos estudantes.

Terra – Se as escolas não preparam para o futuro, elas podem se tornar obsoletas?
Cordeiro – Sim. Se as escolas não adotam tecnologias para o futuro, elas serão ignoradas pelos estudantes. MOOCs são um exemplo de mudança radical, porque fazem justamente isso, contornam a educação formal.

Terra – Quais características básicas devem ter os professores que preparam os alunos para o futuro?
Cordeiro – Em espanhol, nós temos este famoso ditado: "El diablo sabe mas por viejo que por diablo" (em português, "o diabo é mais sábio por ser velho do que por ser o diabo"). O mesmo pode ser dito sobre os professores: que sabem mais por sua longa experiência com estudantes do que por algum conhecimento específico sobre um assunto em particular. Hoje, estudantes podem rapidamente aprender mais sobre qualquer assunto do que a maioria dos professores sabe, mas os professores ainda têm a vantagem da pedagogia e da experiência.

Terra – Como você enxerga a educação brasileira neste contexto de transformação?
Cordeiro – A educação no Brasil precisa adotar as tecnologias mais recentes se o País realmente quer se mover para frente. Os jovens são curiosos, eles querem aprender, e nós precisamos de uma ativadora e inspiradora educação que permita aos estudantes usar estas tecnologias inovadoras para melhorar e ampliar seus processos pessoais de aprendizado.

Terra – Mesmo fora do eixo EUA-Europa, o Brasil tem potencial para formar singularidades?
Cordeiro – Com certeza. Qualquer país, qualquer cidade, qualquer indivíduo tem potencial para se sobressair. E, nos próximos 10 anos, uma rede mundial de computadores livre irá realmente democratizar o aprendizado ao redor do planeta.[Fonte: Terra]

7/15/2013

iPad vai revolucionar o ensino, diz criador de escolas Steve Jobs



A tecnologia desenvolvida pela empresa de Steve Jobs inspira um novo modelo de escolas

Foto: Getty Images
“O mundo está mudando cada vez mais rápido, principalmente sob a influência da revolução digital.” Assim começa o manifesto do grupo holandês “Educação para uma nova era”, iniciativa que pretende revolucionar o formato de ensino nas salas de aula do mundo. Partindo de quatro princípios - unir o mundo real ao virtual, reconhecer diferentes tipos de talento, desenvolver habilidades coletivamente e aproximar a escola da comunidade -, as Escolas Steve Jobs, como estão sendo chamadas pelo uso do iPad como principal ferramenta pedagógica, tentam se adequar à vida no século 21. “Para a educação, a tecnologia cria novos desafios, bem como novas oportunidades”, declara o manifesto.
O pesquisador holandês Maurice de Hond, 65 anos, é um dos criadores do projeto. Para ele, as escolas atuais preparam as crianças para uma realidade que já não existe. “Em casa, as crianças vivem em um mundo multimídia, interativo e digital. E quando elas vão para a escola, elas veem como eram as coisas no passado. É um museu onde as crianças são preparadas para 1990 em vez de 2020”, diz.
Em casa, as crianças vivem em um mundo multimídia, interativo e digital. E quando elas vão para a escola, elas veem como eram as coisas no passado. É um museu onde as crianças são preparadas para 1990 em vez de 2020
Maurice de Hondespecialista em tecnologias
Foi em casa que Hond percebeu o potencial da tecnologia no mundo da educação. Uma de suas filhas (são cinco), então com menos de 2anos, pegou seu iPad e o manuseou com muita familiaridade. “O que me surpreendeu foi ela ter mostrado habilidades que eu jamais diria que uma criança daquela idade teria”, conta o holandês. “Era a revolução das crianças tomando forma”, revela.
Dali em diante, em 2010, com a parceria da professora Irene Felix, do especialista em educação digital Erik Verhulp e do diretor educacional Luc de Vries, Hond, que a princípio não tinha interesse em se envolver com o mundo da educação por considerá-lo “conservador” demais, passou a dar corpo à ideia de uma nova escola, preparada para os novos tempos. “Comece pelo novo olhando para o velho, em vez de começar pelo velho olhando para o novo”, ensina Hond.
Essa nova escola, que, para Hond, aproxima o real e o virtual, traz consigo a necessidade de uma reestruturação física e organizacional. A sala de aula tradicional, com quadro-negro, cadeiras, um professor à frente de 30 alunos, perde espaço para ambientes diferenciados e instigantes, como ateliês e classes com um número reduzido de crianças. Os potenciais máximos de cada realidade - física e virtual - devem ser explorados, explica Hond. “O prédio é o lugar onde as crianças se encontram no espaço físico. Use essa oportunidade para fazer as coisas em que o mundo virtual é inferior: se concentre em atividades físicas, interação social e cooperação”, afirma.

Com seus iPads constantemente próximos (dentro e fora das salas), os alunos têm a escola virtual disponível sempre e em toda a parte. Hond defende o uso do aparato tecnológico, pois ele auxilia a criança de uma forma que um professor, atento a toda uma turma, não consegue. “As crianças aprendem o que os professores conseguem ensinar, e normalmente o desenvolvimento pessoal do aluno é restringido pela velocidade do desenvolvimento médio da sala de aula. O iPad é uma ferramenta personalizada de ensino perfeita, pela qual a criança é capaz de desenvolver-se fora da zona de conforto do professor”, aponta. Tudo isso, ressalta Hond, mostra que o papel do professor está se tornando mais o de um guia e treinador do que de alguém que está dando uma lição para toda a classe.
Grupos por idades
Outra mudança de formato nessa nova sala de aula é a divisão por idades. O grupo “Educação para uma nova era” defende que as crianças sejam divididas em dois grupos etários: 4 a 7 anos e 8 a 12 anos. As atividades coletivas acontecem entre as 11h e as 15h, horários que os alunos devem estar presentes no colégio. Fora desse turno, é o próprio estudante que define, com o professor, sua tabela horária.

Os aplicativos utilizados no iPad pelas crianças registram os avanços conquistados e estão disponíveis para avaliação dos pais e professores, podendo ser substituídos se não apresentarem os resultados esperados. Outro uso da ferramenta é para a criação: “Nós queremos que os pupilos usem os iPads para registrar o que aprendem e sabem, seja através de vídeos, áudios, fotos, animações. Esse é um valor novo e revolucionário do tablet que se diferencia do velho formato de ensino”, analisa Hond.
Inicialmente, 11 escolas ensinarão sob os preceitos da “educação da nova era”. Elas abrem as portas em agosto de 2013, em diversas partes da Holanda. No entanto, revela Hond, muitas outras instituições estão mostrando interesse por esse novo formato de ensino, e novas Escolas Steve Jobs poderão surgir em 2014. Hond explica que o nome das instituições, além de se referir ao uso de iPads, é uma homenagem ao criador da Apple, que, na sua visão, “mudou o mundo com produtos que unem tecnologia e criatividade”.
O questionamento levantado pelo manifesto do grupo holandês “Educação para uma nova era” ecoa pelo mundo: “Nós realmente preparamos nossos alunos para o futuro em vez do passado?”. No fundo, a verdadeira questão, aponta Hond, não é a tecnologia, são as pessoas. “Nossa iniciativa é um pouco uma jornada ao desconhecido. Mas muitos professores sentem que atualmente estão presos em um sistema antigo, no qual as crianças têm se desenvolvido muito fora da escola com o uso de ferramentas digitais. O que estamos dizendo a eles é que os componentes mais importantes para o professor são: confiem nos jovens, não queiram controlar tudo e deixem as crianças surpreendê-los”, ensina.[Fonte: Terra]

6/26/2013

Aula tradicional perde espaço para alunos cada vez mais conectados

A professora April Burton explica as regras da gramática francesa ou detalha expressões e aspectos do vocabulário do idioma como faria normalmente numa sala de aula, só que em um vídeo de cinco minutos que seus alunos assistem em casa, na frente de seus computadores ou através de seus smartphones.
No dia seguinte, eles farão os exercícios práticos na presença dela, de acordo com chamado método "invertido", uma forma diferente de ensino, possível graças às novas tecnologias digitais que estão transformando a educação.
Burton, professora do Liceu Francês Francis Howell, em Cottleville, no estado do Missouri, decidiu lançar mão dessa estratégia pedagógica porque sentiu que "as coisas precisavam mudar". "Havia tanto o que fazer com os estudantes, mas nunca tínhamos tempo", conta.
Essa estratégia de ensino é popular nos Estados Unidos desde a postagem na internet dos vídeos da Academia Khan (http://www.khanacademy.org/), que oferece gratuitamente milhares de cursos e exercícios online.
Para levar esta metodologia adiante, a professora precisou modificar um software e criar uma página na internet e um novo tipo de apresentações de PowerPoint. "Madame Burton", como a professora passou a ser chamada no seu site, tem 14 anos de experiência e explica as regras da gramática ou detalha expressões e aspectos do vocabulário em um vídeo de cinco minutos que seus alunos assistem de casa.
"A aula tradicional deixou a sala de aula e os estudantes agora aproveitam o tempo em sala para fazer exercícios, pesquisas pessoais, trabalhos em grupo e apresentações", disse.
No vídeo em que explica a conjugação do verbo "pouvoir" se pode ouvir sua voz, vê-la escrevendo no quadro e sublinhando as palavras. Para ensinar os adjetivos demonstrativos, a professora adiciona desenhos e fotos. "Na verdade, o que digo com um Power Point, antes seria explicado em aula", explicou.
O estudante abre de casa o vídeo no computador, no tablet ou no celular e pode fazer as lições no seu ritmo, além de fazer anotações. Caso não entenda alguma coisa, pode perguntar no dia seguinte na sala de aula.
"Entro na sala, falo individualmente com cada estudante e vejo se há alguma pergunta. Passo a conhecê-los melhor, já que estou falando de igual para igual", disse Burton.
"Em tese, há muito tempo se pode dizer aos estudantes: 'Peguem o livro em casa, leiam este capítulo e venham fazer as tarefas na escola', mas, se isso funcionasse, já seria feito há muito tempo. Porém, o vídeo é uma maneira muito mais fácil", explica à AFP Pascal-Emmanuel Gobry, fundador da Noosphere, uma empresa de pesquisa voltada para a relação da educação com as novas tecnologias.
Os tablets, smartphones e reprodutores de música, cada vez mais sofisticados, podem armazenar milhares de aplicativos, softwares, conteúdo e imagens que podem ser fartamente usados na educação, para ampliar ou completar um curso online.
"As novas tecnologias mudaram o ensino, assim como a revolução industrial transformou a sociedade agrária", explica Mike Kaspar, representante da Associação Nacional de Educação (NEA), o maior sindicato de professores dos Estados Unidos.
Para Gaspar, essas tecnologias mudaram "a forma de passar o dia na escola, de pensar a conveniência ou não de utilizar livros impressos ou digitais, vídeos, jogos, etc.", acrescentou.
TeachThought, uma plataforma online para educadores, prevê que, até 2028, ocorrerá uma perda de docentes e escolas, com focos de resistência e "aumento das desigualdades socioeconômicas", sobretudo pelo custo da tecnologia.
Burton destaca que as crianças de hoje são diferentes das gerações anteriores, que se sentavam em suas carteiras e recebiam as informações que os professores os davam. "Elas estão o tempo todo jogando, enviando mensagens de texto para os amigos, vendo vídeos no Youtube. Não se pode esperar que se sentem em uma sala de aula e escutem", opina.
Mackenzie Klotzbach, de 15 anos, gosta das aulas "invertidas". "Chego pronta para a aula, aprendo melhor", disse. "O futuro, o passado, o imperfeito... fácil. Mas os pronomes dos complementos de objeto são um pouco difíceis!" [Fonte: Terra]

6/13/2013

Estudo: alunos não acham aulas úteis e reclamam de falta de tecnologia

Uma pesquisa feita com jovens de baixa renda no ensino médio de São Paulo e do Recife indica possíveis motivos para o desinteresse de muitos desses estudantes pela escola. Entre as causas, estariam a falta de conexão entre as disciplinas e as necessidades reais dos alunos; as faltas e o pouco contato dos professores; o baixo uso e até proibição de tecnologia nas escolas.
Disciplinas úteis
Cerca de 1 mil jovens responderam à pesquisa, segundo o artigo que detalha o estudo. Desses, 78,8% e 77,6% dos alunos consideram úteis as disciplinas de língua portuguesa e matemática, respectivamente. Já no caso de geografia, história, biologia e física, menos de 36% dos estudantes as consideram úteis. A pior avaliada foi literatura: 19,1%.

Absenteísmo
Os alunos reclamam das faltas dos professores. Dos entrevistados, 42% disseram não ter tido pelo menos uma das aulas programadas. O jovens dizem muitas vezes também haver um conflito com o educador - sem relação com frequência, pontualidade e outros aspectos técnicos, mas com problemas individuais.

Tecnologia
A pesquisa indica que, mesmo com a baixa renda (46,6% das famílias dos jovens entrevistados possuem ganham menos que R$ 1,5 mil), 70,7% têm acesso à internet e 57,6% usam celular e tablet para conferir sites e redes sociais.

A proibição de uso de dispositivos móveis, a dificuldade de acesso à internet e falta de uso de tecnologia em aula também são alvos de queixas. Conforme 73,8% dos entrevistados, sua escola têm computadores, mas 37,2% dizem nunca ter usado o equipamento.
Ambiente e segurança
Outra queixa dos jovens é em relação ao ambiente escolar. Para 38%, as salas são mal conservadas e a maioria deles liga este problema à sensação de insegurança nos colégios. Nem todos os alunos entrevistados tinham equipamentos básicos em suas instituições de ensino - computadores, bibliotecas e quadras de esporte - e, quando eles existem, em mais de um quarto dos casos a utilização deles nunca ocorre.

Escola e projeto de vida
A quinta reclamação mais comum entre os estudantes é a suposta falta de relação entre a escola e sua vida. Para um em cada cinco alunos, as aulas servem somente para conseguir um diploma. Para eles, as disciplinas não têm relevância para sua vida, mas o certificado garante maiores chances de uma vaga no mercado de trabalho.

O estudo foi realizado pela Fundação Victor Civita (FVC) e Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em parceria com o Banco Itaú BBA e a Fundação Telefônica Vivo. [Fonte: Terra]

6/04/2013

G1 usou os óculos do Google; veja como funciona o Google Glass

Google Glass, óculos de realidade aumentada do Google, está entre os dispositivos de tecnologia mais comentados dos últimos tempos. Ao colocar uma lente que apresenta imagens diretamente no olho do usuário, o dispositivo procura facilitar o acesso a informações on-line como mensagens, e-mails, notícias, previsão do tempo, mapas com direções, além de fotografar e fazer vídeos do ponto de vista do usuário. Assista ao vídeo Aqui 

A intenção do Google é que as pessoas deixem seus smartphones no bolso quando usarem o Google Glass, especialmente em movimento, já que o uso do Glass, por meio de comandos de ou por meio de poucos toques em uma área sensível na lateral direita do dispositivo, permite navegar entre diferentes aplicativos e realizar tarefas com facilidade.


Para entender melhor como é colocar um computador com monitor e câmera diante dos olhos, o G1 teve acesso ao dispositivo e a suas funções. Vale lembrar que o acessório está disponível apenas para desenvolvedores. A versão para o consumidor começa a ser vendida entre o final de 2013 e o início de 2014. Até lá, a edição "beta" ainda pode passar por mudanças.
Câmera e tela de cristal do Glass em destaque (Foto: Gustavo Petró/G1)
Câmera e tela de cristal do Glass em destaque
(Foto: Gustavo Petró/G1)
Usando os óculos do futuro
O dono do Glass que o G1 testou, Breno Masi, diretor de concepção de produtos da Movile e sócio da consultoria Onoffre, viajou até os Estados Unidos para buscar o seu aparelho. Ele fez isso de um dia para o outro. "Peguei um voo e fui até Mountain View na Califórnia, só para buscar o Glass e retornei poucas horas depois para o Brasil", conta o desenvolvedor.

Ele explicou que os óculos do Google vão se adaptando com o tempo às necessidades do usuário. Ou seja, os óculos funcionam melhor com seu dono, já que ele reconhece comandos de voz e, por meio da sincronização com a conta do Google, reconhece preferências para as buscas, mapas, e suas contas em redes sociais para publicação de conteúdos.
Câmera e tela de cristal do Glass em destaque (Foto: Gustavo Petró/G1)
Câmera e tela de cristal do Glass em destaque
(Foto: Gustavo Petró/G1)
Quem preferir ter mais privacidade - sem publicar conteúdo nas redes sociais - também pode guardar o conteúdo na memória interna de 16 gigabytes (GB) do dispositivo, podendo retirá-la por meio de uma conexão USB. A mesma entrada também serve para recarregar a bateria do dispositivo.


O design futurista do Glass chama a atenção das pessoas na rua, com ou sem as lentes claras ou escuras - que acompanham a versão para desenvolvedores.


Quem sabe um dia isso mude com o Glass sendo popular e mais pessoas usando o dispositivo nas ruas.
Usando o Google Glass
Bateria
Até 4h30 de uso normal, mas ao fotografar e fazer muitos vídeos, ela dura no máximo 2h. O aparelho também esquenta e isso é sentido ao lado do rosto.
Tela
A pequena tela localizada um pouco acima do olho direito apresenta boa qualidade de imagem e se ajusta bem ao usuário. Porém, em ambientes mais claros, é mais difícil de enxergá-la. O uso de lentes mais escuras, que acompanham a versão de desenvolvedor, ajudam.
Comandos
Os comandos de voz respondem bem, embora seja possível fazê-los apenas em inglês. O toque na área lateral é um tanto estranho, mas o usuário se adapta rapidamente. Ainda é mais fácil usar um smartphone.
Fotos e vídeos
Por meio de comandos de voz ou tocando na área lateral, fotos e vídeos são feitos rapidamente. Entretanto não há uma prévia da imagem: ao fotografar, por exemplo, a imagem é o que o usuário está 'enxergando'.
Recarregar bateria
Usando um cabo especial, o usuário pode recarregar a bateria do Glass em uma porta USB ou em uma tomada. Em cerca de 40 minutos, a bateria é recarregada por completo. O mesmo cabo transfere arquivos multimídia para o PC.
Design e tela
Sem contar a armação, bem fina e discreta, apenas a parte que fica à direita do rosto é que se destaca. Nela está o todo o "equipamento do Glass", o processador do dispositivo, a câmera para vídeos e fotos, o microfone, a pequena tela que parece um cristal quadrado, os sensores e o dispositivo de som.


A tela fica posicionada logo acima do olho direito, em uma região que não atrapalha a visão: para visualizar as informações que ela apresenta, é necessário olhar levemente para cima. Devido à telinha estar na frente do olho, a sensação é de que se está olhando para um grande monitor. Como a tela é transparente, mesmo ao olhar para uma imagem, consegue-se visualizar o que há do outro lado sem problemas.
Ao começar a usar o Glass, é necessário ajustar bem a lente para que fique na frente do olho e, assim, tenha nitidez suficiente para se enxergar o conteúdo. Na rua, com claridade, é possível visualizar as informações, mas não com a mesma qualidade. Usando a lente mais escura, as imagens se destacam, e fica mais confortável enxergar o que está na lente.
Aliás, se usa o Glass com os dois olhos abertos normalmente, ou seja, nada de fechar o olho esquerdo e olhar para a tela como se estivesse em uma luneta.


Som e imagem
O som é um destaque. Ele é projetado diretamente no crânio do usuário. Não há caixas de som ou entradas para fone. Um pequeno botão que fica posicionado logo atrás da orelha vibra e, desse modo, apenas o usuário escuta as conversas por telefone e o áudio de vídeos que são projetados na pequena tela. A qualidade do som é boa, mas não apresenta a mesma qualidade de um fone de ouvido. Entretanto, nada impede de assistir a vídeos do YouTube no Glass, mas não será bom escutar músicas --esta opção nem está disponível no Glass.



A câmera faz imagens de vídeo e fotos em alta definição, com 720p de resolução. O mais interessante é que, por estar na cabeça do usuário, tudo aparece no ponto de vista dele, permitindo que quem assiste ao vídeo possa se sentir dentro da ação - como acontece em games de tiro em primeira pessoa, como "Call of Duty" ou "Battlefield", por exemplo. Para quem começa a usar o Glass é estranho não ter como gerar uma prévia da imagem antes do clique. Ao falar "Ok Glass, take a picture" --os comandos de voz da versão para desenvolvedores estão apenas em inglês - o aparelho já registra a cena vista em uma foto e apenas depois é possível ver na tela a imagem.
Masi mostra que aplicativo em smartphone permite mostrar o que aparece na telinha do Glass (Foto: Gustavo Petró/G1)Masi mostra que aplicativo em smartphone permite mostrar o que aparece na telinha do Glass (Foto: Gustavo Petró/G1)
Bateria e conexão
Gravar vídeos, tirar muitas fotos ou fazer uma transmissão ao vivo de vídeo pelo Google Hangout são atividades que aumentam o consumo da bateria, que tem duração de cerca de 4h30 de uso normal. Com muito uso para vídeo, a bateria dura cerca de 2h, afirma Masi. Além disso, com o uso frequente dos recursos do aparelho, usando a tela, tirando fotos e acessando a rede Wi-Fi, a área do equipamento esquenta levemente. É possível sentir o aparelho quente do lado do rosto, mas nada que incomode.

Área lateral do Glass é sensível ao toque e permite comandos para usar os aplicativos (Foto: Gustavo Petró/G1)
Área lateral do Glass é sensível ao toque e permite
comandos para usar os aplicativos
(Foto: Gustavo Petró/G1)
Para usar o aparelho na rua, é necessário conectar o Glass com um smartphone, usando a conexão 3G do celular por meio de "tethering", usando uma conexão Bluetooth. Assim, é possível fazer pesquisas de voz no Google, mandar SMS e mensagens para as redes sociais - ainda somente em inglês - e fazer ligações telefônicas, também usando o celular. Nos testes do G1, tanto com rede Wi-Fi quanto com rede 3G, não houve demora na resposta do Glass aos comandos.


Privacidade e uso prático
Para impedir que as pessoas fotografem ou filmem qualquer pessoa ou qualquer lugar, o Glass solta um efeito sonoro alto ao usar estes recursos. Ainda, é possível ver pelo cristal transparente que a pessoa que usa o aparelho está olhando para algo na tela. Ou seja, não dá para, em uma reunião, por exemplo, fingir que se está prestando atenção enquanto se acessa outras informações.

Masi, o dono do Glass, levou o aparelho para mostrar suas funções na rua (Foto: Daniela Braun/G1)
Masi, o dono do Glass, levou o aparelho para
mostrar suas funções na rua
(Foto: Daniela Braun/G1)
A telinha entrega o usuário e, chegando bem perto do rosto, dá até para ver a imagem que está sendo apresentada. Isso também impede que o usuário possa ver, por exemplo, fotos íntimas em um local público. Isso, de acordo com Masi, é justamente para que ninguém use o Glass sem outra pessoa saber.
Ainda, ao tirar uma foto ou gravar um vídeo, o Glass reproduz um som bastante alto, indicando que a ação foi realizada. Desse modo, fica um pouco difícil fotografar alguém secretamente.


O Glass usa aplicativos próprios para que os usuários acessem as informações rapidamente.  Um aplicativo mostra notícias de sites com pequenas imagens. É possível ler, já que o texto tem um tamanho considerável, mas e o Glass ainda lê para você, projetando a voz na caixa craniana do usuário. Há ainda "apps" de previsão do tempo, de resultados de partidas esportivas (no teste foi usado resultados da liga de hóquei dos EUA), números em tempo real da bolsa de valores e mensagens.
Glass ao lado de um smartphone Nexus 4; o aparelho é pequeno e leve (Foto: Gustavo Petró/G1)
Glass ao lado de um smartphone Nexus 4; o
aparelho é pequeno e leve (Foto: Gustavo Petró/G1)
Uma das grandes utilidades do Glass, contudo, é a união das pesquisas feitas no Google com o serviço de mapas e de localização acionado por comandos de voz. Por meio do GPS do aparelho, ele reconhece a localização do usuário. E basta dizer "Ok, Glass, show me japanese restaurants" (Ok, Glass, me mostre restaurantes japoneses) para que ele mostre uma lista de locais do tipo próximos. Ao escolher um destes restaurantes, o Glass mostra em sua telinha o caminho a ser percorrido, que muda em tempo real conforme o deslocamento do usuário.
Masi conta que usa o recurso ao dirigir, já que ele permite o acesso ao mapa e às direções em tempo real diretamente no olho. Ele explica que mesmo com a tela logo acima do seu olho direito, ele não se sente atrapalhado pelo recurso.
A discussão em torno do uso do Glass no futuro, após ele começar a ser vendido, é a grande aposta dos entusiastas da tecnologia. Muitas áreas podem se beneficiar do dispositivo como a medicina. Imagine um atendimento de emergência no local de um acidente poder ser transmitido ao vivo, por meio do Glass, para o médico no hospital, que pode orientar o atendimento já o preparando para uma cirurgia quando o acidentado chegar na ambulância.
Pequeno botão projeta o som diretamente no crânio do usuário do Glass (Foto: Gustavo Petró/G1)
Pequeno botão projeta o som diretamente no
crânio do usuário do Glass (Foto: Gustavo Petró/G1)
Na educação, professores poderão transmitir aulas ou experiências práticas do seu ponto de vista aos computadores ou tablets dos alunos.
Para consertar um carro, o Glass poderá usar a realidade aumentada e mostrar o que é cada parte do motor e indicar o que precisa ser arrumado, apresentando instruções na pequena tela.
Quem quiser poderá comprar experiências em primeira pessoa, podendo ver a sensação de surfar ondas gigantes, saltar de para-quedas ou andar em uma corda por cima de um abismo.
Por enquanto, contudo, o Glass é mais um brinquedo caro, voltado para quem desenvolve programas. Certamente o consumidor final não se sentirá atraído pelo dispositivo, a não ser pelo fato das direções por meio de GPS em tempo real e do vídeo em primeira pessoa. No restante das ações, ainda ter o smartphone ou o tablet em mãos é mais interessante.
Informações aparecem diretamente em uma tela no olho do usuário do Glass, dispensando o uso do smartphone (Foto: Gustavo Petró/G1)Informações aparecem diretamente em uma tela no olho do usuário do Glass, dispensando o uso do smartphone (Foto: Gustavo Petró/G1)

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