2/28/2012

Cientistas testam lentes de contato com projeção holográfica



Lente projetaria imagens e informação em frente ao usuário

Uma nova geração de lentes de contato capazes de projetar imagens na frente do usuário está um passo mais perto da realidade, depois que os cientistas testaram com sucesso o aparelho em animais.
A tecnologia permitiria a leitura de textos, como emails, através de projeções holográficas, assim como o aperfeiçoamento da visão através de imagens geradas por computador.

Os pesquisadores das Universidades de Washington, nos EUA, e de Aalto, na Finlândia, responsáveis por desenvolver a lente biônica, dizem que os primeiros testes, realizados com coelhos, não registraram efeitos adversos evidentes da invenção.
Incrementada através da implantação de centenas de pixels (o menor elemento de uma imagem digital), a lente poderia ser usada por motoristas para ver mapas através de realidade virtual, ou checar a velocidade do seu carro projetada no pára-brisa.
Na mesma linha, as lentes poderiam elevar o mundo virtual de um vídeo game a um nível totalmente novo.
Em outro tipo de uso, os instrumentos podem ser conectados a biossensores no corpo do usuário e prover informações, por exemplo, sobre o nível de açúcar no sangue.

Desenvolvimento

O produto final ainda precisa ser aperfeiçoado em relação ao protótipo, como a questão de uma fonte de energia confiável. Atualmente, a lente só funciona em um raio de poucos centímetros da bateria sem fio.
Além disso, os microcircuitos do equipamento possibilitam apenas um diodo emissor de luz (LED, na sigla em inglês), o tipo de tecnologia usada em computadores que transforma energia elétrica em luz.
Apesar das limitações, os cientistas reforçaram seu otimismo em relação ao experimento em um artigo na revista científica Journal of Micromechanics and Microengineering.
O coordenador das pesquisas, professor Babak Praviz, disse que o grupo já conseguiu superar um importante obstáculo, o de adaptar a lente para permitir ao olho humano focalizar um objeto gerado na sua superfície.
Normalmente, conseguimos ver com clareza apenas os objetos localizados a vários centímetros de distância.
"O próximo passo é acrescentar textos pré-determinados nas lentes de contato", disse o cientista.

Material delicado

Segundo os pesquisadores, um dos maiores desafios na fabricação da lente foi trabalhar com os materiais adequados.
Enquanto os materiais usados em uma lente tradicional são delicados, a fabricação de circuitos elétricos envolve materiais inorgânicos, altas temperaturas e produtos químicos tóxicos.
Os circuitos deste protótipo foram feitos com uma camada de metal da espessura de apenas alguns nanômetros – cerca de um milésimo do cabelo humano –, com LEDs medindo apenas um terço de milímetro.
Babak Praviz diz que equipe não é a única a desenvolver esse tipo de tecnologia.
A companhia suíça Sensimed já pôs no mercado lentes de contato inteligentes que usam tecnologia de informática para monitorar a pressão dentro do olho a fim de identificar condições para glaucoma.[Fonte: BBC Brasil]

Os óculos que poderiam mudar nossa visão da realidade



Óculos para realidade aumentada poderiam ser colocados à venda até o fim do ano, segundo blog.

Há muito tempo que se fala de realidade aumentada, que nada mais é que acrescentar camadas de informação extraídas da internet à realidade com a qual nos deparamos.
Segundo os especialistas, esta tecnologia pode ter no futuro uma infinidade de utilidades - desde nos ensinar a consertar o motor de um avião a ver legendas em tempo real se alguém fala conosco em chinês, por exemplo.

Mas ainda que a proliferação dos smartphones nos últimos anos tenha nos permitido vislumbrar do que se trata a realidade aumentada, ainda não apareceu uma tecnologia que a faça deixar de ser uma simples curiosidade para entretenimento e que não nos obrigue a tirar o aparelho do bolso a todo momento.
Talvez por isso que a Google está movendo grande parte de seu músculo criativo para o desenvolvimento de óculos de realidade aumentada. O produto final ainda é um mistério, mas já vem gerando uma onda de rumores no mundo tecnológico.

Segredo

A última informação sobre os óculos da Google foi publicada em um blog do diário americano The New York Times, onde se afirmava que os óculos poderiam ser colocados à venda até o final do ano a um preço entre US$ 250 e US$ 600.
Segundo o blog, empregados da companhia informaram em condição de anonimato que o dispositivo terá uma câmera de baixa resolução para coletar imagens que seriam comparadas com os dados online.
Também seriam incorporados sensores de movimento e sistemas de posicionamento global (GPS).
Outro meio americano também publicou que a Google teria investido US$ 120 milhões em instalações para testar a "precisão de uma tecnologia ótica".

Loja da Apple
A Apple também estaria desenvolvendo um dispositivo portátil de realidade aumentada.

Até agora, a empresa não confirmou nenhum dos rumores sobre os óculos de realidade aumentada.
O projeto está sendo desenvolvido em total segredo pelo Google X, o laboratório para assuntos "top secret" localizado na sede da companhia.
E a Google não é a única, já que também se comenta sobre um outro dispositivo portátil de realidade aumentada em desenvolvimento pela Apple.
Neste caso, seria algo parecido ao iPod Nano de pulseira, mas feito com cristal flexível. O usuário se comunicaria com o aparelho por meio do assistente virtual da Apple, o software Siri.

Curiosidade e entretenimento

Desde 2008 que os usuários já contam com aplicações de smartphones que permitem vislumbrar as possibilidades que a realidade virtual oferece.
Apesar disso, a tecnologia ainda é apenas uma curiosidade ou um entretenimento e raramente algo realmente prático e cotidiano.
Mas com a aparição da computação de nuvem e o aumento das velocidades de transmissão de dados, os especialistas preveem um futuro brilhante para a realidade aumentada.

Realidade aumentada
Realidade aumentada poderia ter uso em âmbitos diversos, como educação, publicidade ou cirurgias.

Estima-se que seu uso poderia se estender a âmbitos tão diversos como a educação, a publicidade, a arquitetura, a indústria ou a medicina cirúrgica.
"Colocar camadas de informação adicionais sobre a realidade é notavelmente útil", afirmou à BBC Claudio Feijoo, subdiretor de investigação do centro de pesquisas e desenvolvimento da Universidad Politécnica de Madrid (CeDInt).
"Imagine que alguém tenha que reparar o motor de um avião. (Com a realidade aumentada) poderá saber como se chama cada peça. Também não é a mesma coisa que te ensinem numa lousa ou que possa ver algo e interagir", comentou.
Numa cidade, acrescenta ele, "alguém perdido pode colocar os óculos e eles indicarão como se chamam as ruas".

Realidade aumentada "auditiva"

Agora os pesquisadores já apontam para além da realidade aumentada "visual", e já se fala da realidade aumentada "auditiva".
É o caso de Jordi Janer, que explora o modo de incorporar elementos sonoros de realidade aumentada na Universidade Pompeu Fabra de Barcelona.
“Nós estamos tentando desenvolver sistemas de áudio com realidade aumentada. Escutar mais cosas do que escutamos”, explicou.
Isso criaria, por exemplo, a possibilidade de ir a um concerto e poder escutar mais um instrumento que outro, ou estar em um ambiente com música alta e poder "subir o volume" de nosso interlocutor.
Também se estuda incorporar sons a elementos "reais" armazenados na internet. Isso permitiria, por exemplo, um Google Street View no qual se pudesse escutar o barulho dos carros e das pessoas ao passar.[Fonte: BBC Brasil]

2/22/2012

Óculos inteligentes do Google estarão à venda no fim do ano, diz NYT



O futurístico par de óculos que o Google desenvolve em seu laboratório será colocado à venda no fim deste ano, segundo pessoas familiares ao assunto ouvidas pelo New York Times. O acessório (ou aparelho) dará ao usuário o poder de monitorar ambientes em tempo real. De acordo com a reportagem, ele virá com uma câmera de baixa resolução capaz de exibir informações sobre locais, edifícios e amigos que estejam nas redondezas.
O equipamento teria o custo próximo ao de um smartphone (entre US$ 250 e US$ 600) e seria baseado no sistema operacional Android, plataforma desenvolvida pelo Google presente em metade dos smartphones do mundo. Assim como os celulares inteligentes, é provável que os óculos acessem à internet por meio de conexão 3G ou 4G e venha com GPS.
O NYT diz que os óculos enviarão dados à nuvem e usarão recursos como Google Latitude para informar posição geográfica, Google Goggles para pesquisar imagens e Google Maps para o usuário ver o que está ao seu redor.
Por enquanto, o Google encara os óculos como um experimento a que qualquer pessoa por ter acesso, segundo as pessoas entrevistadas pelo jornal. Se os consumidores aprovarem, aí sim a empresa pensará em lucrar com o invento, segundo o NYT.
Rumores, que surgiram em dezembro com o blog de tecnologia9to5Mac, indicam que os óculos do Google se parecem com o Oakley Thump no quesito design (veja imagem acima).  Nenhuma palavra ainda sobre onde o aparelho será vendido.
A imprensa americana já deu ao acessório o apelido de “Terminator”, em referência ao protagonista do filme O Exterminador do Futuro.[Fonte:Estadão]

Programa de computador supera QI humano pela primeira vez


Do DNA para o binário? O programa de computador com QI 150 nasceu graças à incorporação de um modelo da forma como os humanos pensam. [Imagem: Miriam Boon]
O que é inteligência?
O que significa inteligência?
No século 19, ser inteligente significava que você tinha uma boa capacidade de memorizar coisas.
No século 20, ser inteligente passou a significar tirar notas altas em teste de QI (quociente de inteligência), cuja média na sociedade era 100 da última vez que foi aferida.
Se isto continua sendo verdade para o século 21, então acabou de nascer um computador muito mais inteligente do que a média dos humanos.
Pesquisadores suecos acabam de criar um programa de computador com um QI de 150.
Teste de QI para computadores
Testes de QI, ou testes de inteligência, são baseados em dois tipos de problemas: matrizes progressivas, que testam a capacidade para ver padrões em desenhos, e sequências numéricas, que testam a capacidade para ver padrões em números.
Os melhores programas matemáticos construídos até hoje só muito raramente atingem um QI igual a 100 - ou seja, ficam abaixo da média humana.
Isso agora foi superado por um programa criado por Claes Strannegard e seus colegas da Universidade de Gotemburgo.
Segundo ele, já é hora de tentar criar programas de computador mais espertos, eventualmente dotadas da chamada inteligência artificial: "Nós estamos tentando criar programas que possam descobrir os mesmos tipos de padrões que os humanos podem ver."
Modelo psicológico
A construção de um programa de computador realmente inteligente foi possível com a integração de um modelo psicológico do comportamento humano.
Por exemplo, imagine a questão "1, 2, ?. O que vem a seguir?".
A maioria das pessoas vai responder 3. Mas um programa matemático ficará em dúvida se os dois números não seriam parte de uma sequência "1, 2, 1, 2", ou "1, 2, 4, 6".
Do ponto de vista matemático, nenhuma das respostas é melhor ou mais correta do que a outra. É por isto que os programas matemáticos falham.
Ao integrar o modelo psicológico, o novo programa passou a se emular um pouco melhor a forma humana de resolver problemas.
Isto o torna capaz de sair-se muito bem com perguntas abertas, em que não há alternativas de resposta, ou múltipla escolha.
Resultado: um programa de computador com QI 150.
Aplicações práticas
Esta combinação de matemática e psicologia tem um enorme potencial de aplicações práticas.
A era da informação está gerando um volume de informações muito acima do que o homem consegue lidar - um fenômeno apelidado de "dilúvio de dados".
Isto porque é difícil encontrar, nessa enxurrada global de números, padrões que possam levar a conclusões úteis.
É o caso dos dados financeiros, da previsão do tempo, da observação astronômica, da busca por civilizações extraterrestres, da visão artificial para robôs, do comportamento de moléculas e bactérias, enfim, de um sem-número de dados científicos.
Como não há ainda uma alternativa à observação humana desses dados, os cientistas têm lançado diversas iniciativas, conhecidas como ciência-cidadã, em que o público é convidado a se voluntariar para procurar padrões nos dados científicos - e fazer descobertas.
A nova abordagem desenvolvida pelos cientistas suecos pode finalmente representar o pássaro que traz um ramo pós-dilúvio no bico.
Mas a equipe parece mais interessada em outras aplicações, como "projetar programas de computador para pessoas que queiram praticar suas habilidades na solução de problemas," afirmam.[Fonte: Inovação Tecnológica/Diário da Saúde]

2/08/2012

Professores devem monitorar uso de novas tecnologias em aula


Antes, cadernos e quadro-negro reinavam absolutos nas salas de aula. Hoje, dividem espaço com tablets, netbooks e lousas digitais. Se os novos estímulos tornam as aulas mais dinâmicas e interessantes, eles podem ser uma ameaça ao rendimento escolar. Para assegurar o bom desempenho de jovens e crianças, especialistas alertam: o acesso às ferramentas tecnológicas deve ser constantemente monitorado.
Desde o ano passado, o Colégio Pitágoras Cidade Jardim, no Rio de Janeiro, estimula o uso da tecnologia dentro da sala de aula. Para isso, os cerca de 1.100 alunos têm acesso a diferentes plataformas, disponibilizadas de acordo com a tarefa prevista. Segundo a gerente de conteúdos e serviços pedagógicos da educação básica da Rede Pitágoras, Adélia Martins de Aguilar, os tablets auxiliam os professores durante a pesquisa. "É um mecanismo para consumo de conteúdo", diz. Já nos momentos de produção textual, por exemplo, a proposta é lançar mão do netbook.
Antes de liberar totalmente o acesso a conteúdos disponíveis na web, a escola deve tomar uma série de cuidados. Segundo Adélia, no caso do Pitágoras, softwares ajudam a monitorar o que os alunos fazem enquanto estão com os olhos grudados na tela. "É possível acompanhar em tempo real tudo o que eles fazem. A mídia é sedutora, dá muitas possibilidades. Eles precisam de orientação", afirma.
Lúcio Teles, professor de Informática na Educação da Universidade de Brasília (UnB) reforça a tese de Adélia. "Para evitar que eles se deslumbrem com as possibilidades da rede, é preciso estar atento ao que acontece durante a aula", diz. Segundo Teles, softwares que bloqueiam o acesso a alguns sites podem evitar a dispersão - mas, para o especialista, esse não é o método mais adequado. "O estudante precisa ser motivado. Ele deve utilizar a tecnologia a seu favor, somando conteúdo às aulas", explica.
Uma das saídas é organizar a turma em grupos, de modo que um monitore o outro. "Dois ou três alunos podem trabalhar juntos, enquanto o professor circula por entre as mesas. Além de poder acompanhar o processo, torna a aula mais colaborativa", sugere.
Teles diz não ter medo de competir com as novidades. "É normal apresentar resistência no início, mas, para obter êxito e motivar a turma, é preciso se preparar", afirma. O especialista acredita que, atualmente, a maioria dos profissionais não sabe lidar com as novas ferramentas. Adélia conta que, para evitar que o corpo docente trabalhasse com ferramentas com as quais não sabe lidar, o Colégio Pitágoras promoveu capacitações antes do início do projeto.
"Eles conheceram os equipamentos, manusearam os dispositivos, fizeram perguntas. Para conseguir bons resultados, é importante conhecer todas as possibilidades", explica. "Nós queríamos resultado, e a tecnologia permitiu que melhorássemos muito o desempenho de nossos alunos. A grande questão é o docente ter paixão pelo conteúdo e se apropriar de novos métodos, proporcionando avanços em sala de aula", acrescenta.[Fonte: Terra]

2/07/2012

"iPad em sala de aula é como dar um videogame", diz educador



Sugata Mitra é pesquisador e professor de Tecnologia Educacional da Newcastle University, da Inglaterra, e professor visitante do Massachusetts Institute of Technology (MIT)
Foto: YouTube/Reprodução
Para o professor da Universidade da Inglaterra, Sugata Mitra, que participa da EducaParty, dentro da Campus Party Brasil 2012, a educação precisa sofrer uma drástica mudança estrutural e ideológica de paradigma. Na contramão de outros educadores, Mitra criticou em entrevista exclusiva ao Terra a prática cada vez mais comum em escolas e universidades, ao redor do mundo, de presentear os alunos com dispositivos tecnológicos com o objetivo de introduzir a tecnologia na educação. "Dar iPads, por exemplo, é fornecer ao aluno uma nova maneira de jogar videogames".
Segundo Sugata, os professores precisam introduzir a tecnologia dentro do processo educacional e usar os recursos como agregadores de conhecimento - e não substituidores de seres humanos. E, para isso, eles têm de olhar menos para os livros didáticos para entender o processo educacional. "A educação precisa acontecer de baixo para cima, e os professores têm que aprender com os alunos", afirmou o pensador.
Na opinião dele, um futuro melhor é feito por meio das dúvidas e das perguntas que fazem pensar - e não do simples ato de respondê-las. Por isso, o papel que o professor tem hoje é secundário. "Um professor, atualmente, responde perguntas dos alunos. Ele é o Google. Isso não está certo. O professor precisa ser mais do que o Google. Ele precisa ser a pessoa que também faz perguntas, que instiga a imaginação de um jeito provocativo", afirmou.
Convidado especial da Fundação Telefônica|Vivo, Sugata, que se assumiu ex-hacker, é o criador do projeto Hole in the Wall, aplicado em uma favela de Nova Délhi, na Índia, onde ele mesmo nasceu. Computadores eram colocados em uma sala e buracos na parede eram feitos. Educadores observaram, através dos buracos, as crianças tendo o primeiro contato com a web e concluíram que o aprendizado era autômato.
"Quando elas tinham dúvidas, elas perguntavam ao Google, entendiam a resposta e a memorizavam. Isso não é interessante?", provocou Sugata ao relacionar esta ação "digital" ao papel do professor contemporâneo. E é justamente neste ponto que a teoria encontra a prática de acordo com os resultados do estudo que ele propôs.
A primeira visita de Sugata Mitra à Campus Party
Sugata Mitra participa pela primeira vez do evento em 2012, mas já esteve no Brasil outras vezes. "Estou ansioso porque eu sei que é um encontro de tecnologia enorme e com muitas pessoas dispostas a falar sobre coisas novas", disse o professor.

Além de participar do EducaParty, ele também fará um encontro com um grupo de crianças do Parque Santo Antônio, em São Paulo, no qual discutirá o papel fundamental nelas na necessária revolução da educação.
Campus Party 2012
A Campus Party, o maior evento geek do planeta, realizado em mais de sete países, acontece entre os dias 6 e 12 de fevereiro de 2012. A sede é o Pavilhão de Exposições do Anhembi Parque, na zona norte de São Paulo (SP). Pelo quinto ano consecutivo no Brasil, a edição de 2012 já começou batendo recordes: todas as entradas foram vendidas em 22 dias em setembro do ano passado.

Com 7 mil participantes, sendo 5 mil acampados no local , a Campus Party oferece neste ano mais de 500 horas de conteúdo. Os principais nomes desta edição são Michio Kaku, conhecido como o "físico do impossível", Sugata Mitra, pesquisador e professor de Tecnologia Educacional da Newcastle University, Julien Fourgeaud, gerente de produtos e negócios da Rovio, John Klensin, pesquisador do MIT, e Vince Gerardis, co-fundador da Created By, entre outros.[Fonte: Terra]

2/01/2012

Especialistas: tecnologia nas escolas depende de mais conteúdo

Depois de prefeituras e governos estaduais receberem ou adquirirem cerca de 574 mil laptops por meio do Programa Um Computador por Aluno (UCA), o Ministério da Educação (MEC) acena com a possibilidade de inserir os tablets nas salas de aulas das escolas públicas brasileiras. Especialistas concordam que o sucesso do uso das tecnologias em educação não depende apenas da plataforma utilizada, mas sim da forma como a escola irá inserir essas ferramentas no aprendizado e também dos conteúdos digitais disponíveis.
A diretora da Fundação Pensamento Digital, Marta Voeclker, aponta que a escola pode "mudar de paradigma" a partir da tecnologia. Ela ressalta que o uso das máquinas - seja um computador, laptop ou tablet - pode transformar a lógica do aprendizado. Alunos deixam de ser meros "recebedores" de conteúdo e podem evoluir para autores. "A tecnologia nos ajuda a sair de uma educação por instrução e memorização para uma educação de construção e colaboração. Uma tecnologia que a criança use a imagem, escreva e formalize ali seu entendimento. Se tenta mudar a escola há 100 anos e a tecnologia vem ajudar nisso", explica.
Sob esse ponto de vista, Marta defende que o "hardware" não importa tanto. O essencial é ter à disposição ferramentas que possibilitem um uso educacional de laptops e tablets para que as máquinas não sejam meros reprodutores dos conteúdos que já estão nos livros didáticos. "A escola vai aos poucos se tornando digital, os professores estão fazendo blogs, a gente se apropria das redes sociais, mas não há algo pensado para a escola que precisa de uma transição para a época digital", aponta.
A especialista no uso das tecnologias da educação ressalta, entretanto, que essa transição da escola analógica para a digital precisar ser feita aos poucos. Leva tempo e exige uma reflexão da sociedade a respeito do que se espera da escola. "Quando o educador começa a trabalhar esses projetos chega um momento que o sistema não reconhece o que ele está fazendo. Isso está acontecendo em todo o mundo. No Brasil nós temos um ambiente mais propício à mudança, até do ponto de vista da legislação. Mas é uma mudança grande porque aí chegam as avaliações que hoje ainda se baseiam muito na memorização", diz Marta. "O que precisava é de um pensamento estratégico dentro do governo para pensar esse assunto a longo prazo", completa.
Para Ilona Becskeházy, diretora da Fundação Lemann, a primeira e principal estratégia é buscar conteúdos pedagógicos que possam ser acessados por meio dos equipamentos. "Se você não selecionar conteúdo de alto padrão, tanto faz se é papel, lousa, ou tablet. E isso a gente não faz no Brasil. A lógica deveria ser: primeiro você busca o conteúdo e depois você procura como é a melhor maneira de distribui-lo. Se ele for bom pode ser até um mimeógrafo", critica.
Em 2012, pela primeira vez, o edital publicado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a compra dos livros didáticos que são distribuídos às escolas públicas do País inclui os chamados "objetos educacionais complementares aos livros didáticos". Isso significa que as editoras poderão apresentar conteúdos em formato digital que, se aprovados, poderão ser adquiridos pelo governo para uso na rede pública.[Fonte: Terra]

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