8/01/2012

Professores usam redes sociais para atrair participação dos alunos


No momento em que os jovens estão cada vez mais envolvidos com redes sociais, professores buscam maneiras de tornar a internet, vista por muitas escolas como um problema, uma ferramenta para auxiliar na educação. O objetivo destes educadores é tornar os alunos protagonistas do processo de aprendizado.
Para o educador do Colégio Bandeirantes, em São Paulo, Alexandre Le Voci Sayad, poucas vezes o aluno tem espaço para dar sua opinião, mas as redes sociais se tornaram uma extensão da sala de aula onde a participação do estudante é bem-vinda. "O que faz a diferença é você parar de dar soco em ponta de faca, de achar que tudo que o jovem faz é errado. O desafio como educador é pegar o que faz sentido para o jovem e potencializar", diz.
Com o uso das redes sociais, há um envolvimento maior dos alunos, segundo o professor Paulo Cesar Campos da E.M.E.F. Ângela Cury Zakia, em Campinas (SP). Ele acredita que, quando o estudante começa a usar plataformas digitais como o Facebook, usando a sua linguagem, ele quer produzir, não apenas compartilhar publicações de outros. O professor ressalta ainda a importância de haver uma educação digital, que guie os alunos na navegação, com indicações de sites para pesquisa.
"Quando a gente pensa a educação, é claro que prezamos por coisas que são tidas como tradicionais, mas eu acho interessante quando o aluno deixa de ser só ouvinte e passa a ser participante", afirma o professor Ivan Ignácio Pimentel, do Colégio Marista São José, na Tijuca, Rio de Janeiro. Pelas redes sociais, o educador acredita poder avaliar o comportamento dos alunos em grupo e identificar espírito de liderança em alguns deles.
Iniciativa municipal capacita alunos e professores 
Paulo Cesar Campos é professor de artes e orientador do Projeto Aluno Monitor na E.M.E.F. Ângela Cury Zakia, iniciativa da Prefeitura Municipal de Campinas. O objetivo do projeto é capacitar estudantes para atuar como monitores na sala de informática das escolas, auxiliando colegas e professores, fazendo publicações em blogs e no YouTube. O professor participou de um curso de formação oferecido pela prefeitura para capacitar os monitores.

Em suas aulas, Campos também utiliza as redes sociais, tirando dúvidas e acompanhando a realização de trabalhos online. "Não aplico uma aula para os alunos do 6º ao 9º ano sem usar multimídia, pois, dependendo da discussão, posso facilmente acessar um vídeo sobre o assunto, abrir sites de pesquisa, blogs e fóruns de discussão", conta.
Em parceria com a professora Eliane Lucy Marcelino, alfabetizadora da turma, o professor de artes realizou uma atividade com os alunos do 4º ano. Eles pesquisaram músicas e textos em sites indicados e gravaram vídeos com encenações de fantoches. Projetos semelhantes são realizados com outras turmas, em que são feitas pesquisas sobre diferentes assuntos e, em seguida, gravados vídeos. Para ele, a rede é entretenimento e trabalho, por isso "é preciso ensinar os alunos a utilizar a internet sem preconceitos em relação ao seu uso como forma de expressão".
Idade Mídia, a comunicação como curso extra classe
Educador e jornalista, Alexandre Le Voci Sayad criou, há dez anos, o curso extra classe Idade Mídia, no Colégio Bandeirantes, direcionados a alunos do 2º ano do Ensino Médio. "A ideia é que eles entendam a mídia e produzam a mídia deles, é misturar educação e comunicação. Com a chegada das redes sociais, nada mais natural, para mim, do que usá-las", afirma.

No curso, os estudantes realizam a cobertura de eventos envolvendo o colégio, como campeonatos esportivos, por meio do Twitter e do Facebook. O microblog também é utilizado pelo educador para transmitir as aulas, através da twitcam. Além das coberturas, a comunicação é vivenciada por meio de projetos escolhidos pelos estudantes. Algumas turmas produzem revistas, outras, documentários.
A cada ano, o curso muda, de acordo com a tecnologia, passando pelos blogs e pelas diferentes redes sociais. O projeto incentivou outros professores a utilizarem a internet. Aos poucos, cada um foi criando seu blog e, hoje, todos utilizam esse recurso voluntariamente, segundo Sayad. O educador escreveu um livro que leva o mesmo nome do curso, Idade Mídia, falando sobre a iniciativa para que sirva de inspiração para a criação de outros cursos.
Sustentabilidade no Facebook
No Colégio Marista São José, existe a disciplina de sustentabilidade, ministrada pelo professor Ivan Ignácio Pimentel. Para trabalhar o conteúdo, ele criou um projeto para discutir questões econômicas e ambientais relacionadas ao lixo, tratando de temas como reciclagem e cooperativismo.

Os alunos criaram produtos a partir de materiais considerados lixo, como garrafas pet. O Facebook foi utilizado para a divulgação das criações. "A ideia foi utilizar uma ferramenta simples, onde os alunos e a sociedade tivessem acesso", afirma Pimentel. Foram criadas páginas vinculadas às turmas, cada uma delas trabalhou como uma cooperativa. Os objetivos eram estimular o interesse dos alunos a acompanhar a evolução do projeto, proporcionar a interação entre eles e mostrar a importância da rede. A partir da iniciativa, outros novos projetos foram criados e serão desenvolvidos em outras disciplinas no próximo semestre.[Fonte: Terra]

Professores usam redes sociais para atrair participação dos alunos


No momento em que os jovens estão cada vez mais envolvidos com redes sociais, professores buscam maneiras de tornar a internet, vista por muitas escolas como um problema, uma ferramenta para auxiliar na educação. O objetivo destes educadores é tornar os alunos protagonistas do processo de aprendizado.
Para o educador do Colégio Bandeirantes, em São Paulo, Alexandre Le Voci Sayad, poucas vezes o aluno tem espaço para dar sua opinião, mas as redes sociais se tornaram uma extensão da sala de aula onde a participação do estudante é bem-vinda. "O que faz a diferença é você parar de dar soco em ponta de faca, de achar que tudo que o jovem faz é errado. O desafio como educador é pegar o que faz sentido para o jovem e potencializar", diz.
Com o uso das redes sociais, há um envolvimento maior dos alunos, segundo o professor Paulo Cesar Campos da E.M.E.F. Ângela Cury Zakia, em Campinas (SP). Ele acredita que, quando o estudante começa a usar plataformas digitais como o Facebook, usando a sua linguagem, ele quer produzir, não apenas compartilhar publicações de outros. O professor ressalta ainda a importância de haver uma educação digital, que guie os alunos na navegação, com indicações de sites para pesquisa.
"Quando a gente pensa a educação, é claro que prezamos por coisas que são tidas como tradicionais, mas eu acho interessante quando o aluno deixa de ser só ouvinte e passa a ser participante", afirma o professor Ivan Ignácio Pimentel, do Colégio Marista São José, na Tijuca, Rio de Janeiro. Pelas redes sociais, o educador acredita poder avaliar o comportamento dos alunos em grupo e identificar espírito de liderança em alguns deles.
Iniciativa municipal capacita alunos e professores 
Paulo Cesar Campos é professor de artes e orientador do Projeto Aluno Monitor na E.M.E.F. Ângela Cury Zakia, iniciativa da Prefeitura Municipal de Campinas. O objetivo do projeto é capacitar estudantes para atuar como monitores na sala de informática das escolas, auxiliando colegas e professores, fazendo publicações em blogs e no YouTube. O professor participou de um curso de formação oferecido pela prefeitura para capacitar os monitores.

Em suas aulas, Campos também utiliza as redes sociais, tirando dúvidas e acompanhando a realização de trabalhos online. "Não aplico uma aula para os alunos do 6º ao 9º ano sem usar multimídia, pois, dependendo da discussão, posso facilmente acessar um vídeo sobre o assunto, abrir sites de pesquisa, blogs e fóruns de discussão", conta.
Em parceria com a professora Eliane Lucy Marcelino, alfabetizadora da turma, o professor de artes realizou uma atividade com os alunos do 4º ano. Eles pesquisaram músicas e textos em sites indicados e gravaram vídeos com encenações de fantoches. Projetos semelhantes são realizados com outras turmas, em que são feitas pesquisas sobre diferentes assuntos e, em seguida, gravados vídeos. Para ele, a rede é entretenimento e trabalho, por isso "é preciso ensinar os alunos a utilizar a internet sem preconceitos em relação ao seu uso como forma de expressão".
Idade Mídia, a comunicação como curso extra classe
Educador e jornalista, Alexandre Le Voci Sayad criou, há dez anos, o curso extra classe Idade Mídia, no Colégio Bandeirantes, direcionados a alunos do 2º ano do Ensino Médio. "A ideia é que eles entendam a mídia e produzam a mídia deles, é misturar educação e comunicação. Com a chegada das redes sociais, nada mais natural, para mim, do que usá-las", afirma.

No curso, os estudantes realizam a cobertura de eventos envolvendo o colégio, como campeonatos esportivos, por meio do Twitter e do Facebook. O microblog também é utilizado pelo educador para transmitir as aulas, através da twitcam. Além das coberturas, a comunicação é vivenciada por meio de projetos escolhidos pelos estudantes. Algumas turmas produzem revistas, outras, documentários.
A cada ano, o curso muda, de acordo com a tecnologia, passando pelos blogs e pelas diferentes redes sociais. O projeto incentivou outros professores a utilizarem a internet. Aos poucos, cada um foi criando seu blog e, hoje, todos utilizam esse recurso voluntariamente, segundo Sayad. O educador escreveu um livro que leva o mesmo nome do curso, Idade Mídia, falando sobre a iniciativa para que sirva de inspiração para a criação de outros cursos.
Sustentabilidade no Facebook
No Colégio Marista São José, existe a disciplina de sustentabilidade, ministrada pelo professor Ivan Ignácio Pimentel. Para trabalhar o conteúdo, ele criou um projeto para discutir questões econômicas e ambientais relacionadas ao lixo, tratando de temas como reciclagem e cooperativismo.

Os alunos criaram produtos a partir de materiais considerados lixo, como garrafas pet. O Facebook foi utilizado para a divulgação das criações. "A ideia foi utilizar uma ferramenta simples, onde os alunos e a sociedade tivessem acesso", afirma Pimentel. Foram criadas páginas vinculadas às turmas, cada uma delas trabalhou como uma cooperativa. Os objetivos eram estimular o interesse dos alunos a acompanhar a evolução do projeto, proporcionar a interação entre eles e mostrar a importância da rede. A partir da iniciativa, outros novos projetos foram criados e serão desenvolvidos em outras disciplinas no próximo semestre.[Fonte: Terra]

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