12/17/2012

Escola oferece retiro para jovens viverem sem internet





Escola nos Estados Unidos propõe retiro longe da internet para os alunos - Foto: BBC
Fazer amigos, encontrar namorados e passar boa parte do tempo na internet já é um habito corriqueiro entre adolescentes de todas as partes do mundo. Mas como seria para essa geração viver desconectada, ainda que por alguns dias?
Uma escola no Estado americano de Vermont oferece uma espécie de retiro no campo, para que estes jovens possam aprender como viver longe do Facebook e outros sites e redes sociais. Eles passam vários dias na montanha.
Estatísticas da própria Mountain School mostram que 75% de seus alunos ficam conectados pelo menos duas horas por dia. Algumas vão além: 25% dos estudantes ficam pelo menos cinco horas em frente ao computador.
Os 45 estudantes que participam do projeto parecem gostar do "experimento". Eles dizem que a vida real pode ser mais interessante que a vida virtual, que é possível, assim, conhecer melhor as pessoas com quem se interage. [Fonte: Terra]

IBM prevê computadores mais humanizados


A IBM elabora todos os anos a sua lista com cinco inovações que mudarão as nossas vidas nos próximos cinco anos. A empresa chama essa relação de “IBM 5 in 5”. A lista abrange inovações que a companhia acredita que é possível mudar como as pessoas trabalham, vivem e interagem nos próximos cinco anos.
Neste ano, as cinco inovações da IBM incluem os cinco (número cabalístico para a empresa?) sentidos humanos: tato, visão, audição, paladar e olfato. Especificamente quanto ao tato, a IBM acredita que nos próximos cinco anos você poderá tocar em tecidos e outros objetos através do seu telefone, com a capacidade de senti-los.
Com relação à visão, a IBM prevê que os computadores vão ganhar a capacidade de entender o que uma imagem significa sem ter que depender de etiquetas ou da interação humana.

Computadores mais humanos

A empresa prevê que os computadores vão melhorar significativamente sua capacidade de ouvir e compreender os sons. A IBM prevê um sistema distribuído de sensores que detecta elementos sonoros, incluindo pressão sonora, vibrações e ondas de som em frequências diferentes para realizar tarefas como deslizamento de terra, entre outros.
A empresa acredita também que provadores de alimento digitais serão capazes de ajudar as pessoas a fazerem escolhas mais saudáveis quando forem se alimentar. A companhia diz que seus pesquisadores estão desenvolvendo um computador que pode experimentar o sabor a ser utilizado por chefs para criar receitas mais saborosas.
Segundo a própria IBM, o sistema divide os ingredientes no nível molecular e combina a química dos compostos de alimentos que utilizam a psicologia por trás dos sabores e cheiros que os seres humanos preferem.
Por fim, a IBM acredita que os computadores serão capazes de sentir cheiros. Pequenos sensores embutidos nos PCs e smartphones detectarão se o usuário vai contrair uma doença, por exemplo. Os sensores também poderiam analisar odores, biomarcadores e até moléculas de respiração de uma pessoa. [Fonte: Tecnomundo]

11/13/2012

Educação estaria passando pela maior inovação em 200 anos, diz revista


O cientista de computação Anant Agarwal lançou uma pergunta em um projeto de aulas online da Harvard: qual foi a maior inovação na educação nos últimos 200 anos? Agarwal foi nomeado esse ano para coordenar a EdX, uma faculdade digital gratuita da Harvard, nos Estados Unidos O objetivo do cientista com a questão inicial é confirmar se novas formas de educação digital prometem mesmo um futuro promissor para a área.
De acordo com a revista MIT Technology Review, para Agarwal, a educação está prestes a mudar dramaticamente. A razão disso é o poder da internet e suas tecnologias que 'mastigam' os dados apresentados. Graças a essas mudanças, é possível compartilhar online aulas em vídeo com elementos de interatividade sofisticados, e pesquisadores podem coletar dados de estudantes para ajudar a tornar o ensino ainda mais efetivo. A tecnologia é poderosa, barata e global. A EdX espera, com o novo projeto, ensinar bilhões de estudantes.
A educação online não é novidade - nos Estados Unidos, mais de 700 mil estudantes fazem cursos a distância em tempo integral. O que é diferente é a escala de tecnologia sendo aplicada por líderes que misturam alcances de mentes brilhantes com modelos de internet baratos e concorridos. O artigo que será publicado com o relatório do negócio irá mapear o impacto da educação gratuita online, particularmente o grande número de cursos online (MOOC, na sigla em inglês) oferecidos por novos empreendimentos da área educacional.
Por ser economicamente importante, a educação ainda parece ineficiente e estática em se tratando de tecnologia - é geralmente citada como a próxima indústria a sofrer uma grande "interrupção". A ideia está sendo promovida por Clayton Christensen, professor da Harvard Business School que adotou o termo "tecnologia dividida". Em dois livros educacionais, ele destaca o aprendizado online dizendo que o mesmo vai continuar a se espalhar e melhorar e, eventualmente, irá liderar muitas ideias de como ensinamos - e algumas instituições também.
Na visão de Christensen, as tecnologias divididas encontram o sucesso inicialmente em mercados "onde a alternativa é nada". Isso explica por que o aprendizado online já é importante no mercado de educação adulta. Também explica o crescimento repentino de organizações como a Khan Academy, que divulga vídeos gratuitos ensinando matemática e ganhou financiamentos de Bill Gates e atenção da mídia. O primeiro apoio para a companhia surgiu entre pais que não podiam pagar US$ 125 por hora por um professor de matemática particular. Para eles, o narrador dos vídeos Salman Khan foi um ótimo substituto.
Outro benefício das aulas online é a favorável distribuição de instruções aos estudantes. Segundo Agarwal, o mesmo grupo de três pessoas contendo um professor e dois assistentes que costumava ensinar 400 alunos pode agora compartilhar o conteúdo com mais de 10 mil estudantes na internet.
Um estudo recente da Babson College mostrou que o número de universitários americanos que fizeram ao menos um curso online cresceu de 1,6 milhão em 2002 para 6,1 milhões - cerca de um terço de todos os universitários - em 2010. Os pesquisadores I. Elaine Allen e Jeff Seaman encontraram sinais de que a média de crescimento de aulas na internet pode estar começando a diminuir. Porém, seu estudo não antecipou a entrada de universidades conceituadas na educação online neste ano. Coursera, uma aliança entre a Universidade Stanford e duas dúzias de outras escolas, registrou o cadastro de 1,5 milhão de estudantes em cursos online.
Mesmo que uma pequena fração desse número vá completar uma aula, o aumento do MOOC significa que podemos começar a pensar como uma educação gratuita e de qualidade poderia mudar o mundo. Os vídeos de Khan, por exemplo, são populares na Índia, e um levantamento mostrou que 60% dos estudantes que assistiram aos vídeos tiveram interesse voluntariamente no conteúdo. Ainda não se sabe o que um aplicativo liberal de educação poderá fazer. Será que vai aumentar demais a inovação global por desmontar barreiras de boas instruções? Vai ameaçar professores da rede pública por terem a opção da internet?
A definição será feita pela tecnologia. Todos esses milhões de estudantes clicando online podem ter o progresso rastreado e até mesmo influenciado para, no futuro, auxiliar nos métodos de ensino. Será que o novo método fará sucesso por ser totalmente diferente? Se a resposta for positiva, então teríamos a resposta à pergunta inicial: o aprendizado online é a mais importante inovação na educação nos últimos 200 anos.[Fonte: Terra]

10/30/2012

Currículo escolar deve levar em conta internet, sugere estudo


Pesquisa da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) constatou que, apesar do crescimento do uso da internet pelos jovens, a educação pública não acompanhou esta evolução. "Com tantas mudanças no mundo, o currículo das escolas não se alterou", afirma a professora Juliana Santos Albach, autora do estudo. Ela entrevistou alunos do último ano do ensino fundamental de uma escola em São Paulo para chegar às conclusões do trabalho. As informações são da Agência USP de Notícias.
Os estudantes contaram que usam a internet corriqueiramente em suas vidas. Os professores conhecem esse fato, mas o currículo das escolas não atenta para isso: as tarefas não têm orientação para a pesquisa na rede. A instituição de ensino não se prepara para propor ou receber trabalhos utilizando essa ferramenta.
O uso da internet para auxiliar em pesquisas para a escola é unânime entre os alunos entrevistados. Existe, porém, uma visão geral entre eles de que os trabalhos não são aproveitados. "Eles acham que estes trabalhos vão para o lixo", conta Juliana. Por falta de orientação e retorno, as tarefas escolares acabam ficando sem significado.
Os alunos contaram que não existe problematização do tema dentro da sala de aula. "Ninguém discute o assunto", conta a pesquisadora. "O currículo escolar é estático", ressalta. A pesquisa, intitulada Os usos que os jovens fazem da internet: relações com a escola, procurou exatamente tornar a questão pauta do debate acadêmico.
Alguns estudantes afirmaram que a Wikipédia chega a ser recomendada por alguns professores como fonte de pesquisa. Isso demonstra que as possibilidades da internet não foram totalmente compreendidas, visto que a ideia de se pesquisar em uma enciclopédia, como se fazia antes do advento dessa ferramenta, ainda é utilizada. Essa forma de pesquisa é apenas uma reconstrução do mesmo método usado há muito tempo em outra plataforma. [Fonte: Terra]

9/26/2012

Mundo levará décadas para implantar 'ensino do século 21', diz pesquisador


A maioria das escolas do mundo parou no tempo e ainda não se adequou às demandas e desafios do século 21. Enquanto a sociedade desenvolve e depende cada vez mais de novas tecnologias, as instituições de ensino parecem não saber como acompanhar essas transformações e sofrem para se comunicar com os alunos. A avaliação é do pesquisador David Albury, da Gelp (sigla em inglês para Global Education Leaders' Program ou, na tradução livre, Grupo Global de Líderes da Educação), que esteve no Brasil na última semana e participou de um bate-papo com jornalistas sobre os desafios na área de educação, realizado na última segunda, dia 24, em São Paulo.
O Brasil é um dos 10 países que faz parte do grupo, responsável por pesquisas sobre como implantar um sistema educacional adequado aos conhecimentos, necessidades e habilidades requeridos para os dias atuais. Para o estudioso, embora já existam exemplos de escolas adotando novas metodologias de ensino, ainda não é possível apontar um caminho certo a seguir, nem tampouco calcular em quanto tempo o mundo adotará a chamada "educação para o século 21", capaz de conquistar e atrair os estudantes, e de proporcionar, de fato, um ensino de qualidade aplicado à vida adulta.
Para exemplificar o lapso entre o que o mercado quer dos jovens recém-formados e o que eles aprendem nas instituições de ensino, Albury cita alguns dos pré-requisitos que ainda não entraram nas grades curriculares das escolas, como a capacidade de trabalhar em equipe, de solucionar problemas, de se comunicar bem, além da criatividade e do empreendedorismo.
"Nós hoje sabemos que as escolas deveriam adotar um ensino mais 'personalizado', com um currículo que atenda ao perfil, aos problemas, às necessidades e aos interesse dos alunos. (...) Também sabemos que as crianças não aprendem só nas escolas, (...) mas que a tecnologia, embora fundamental, não é tudo em uma instituição de ensino. (...) Enfim, nós sabemos o que precisamos, mas ainda não sabemos como realizar essa mudança, (...) como será esse novo modelo de ensino, e esse é o nosso grande desafio", disse Albury. "Não são os alunos de hoje que são desengajados. Nós é que não soubemos engajá-los a aprender", completou o pesquisador, ao apresentar uma análise dos desafios e obstáculos que os educadores deparam.
Para tentar identificar soluções, o grupo tem percorrido o mundo em busca de instituições de ensino que tenham adotado experiências inovadoras e bem sucedidas, que possam servir de exemplos, tanto em áreas ricas quanto em lugares pobres. A ideia é, a partir desses exemplos, implantar aos poucos projetos pilotos desse novo modelo de educação. Entretanto, ainda será preciso percorrer um longo caminho até que se alcancem os mecanismos capazes de serem disseminados e implantados em escalas maiores.
"Existem alguns obstáculos. Por exemplo, ainda não sabemos como testar, nesse novo modelo de educação, o aprendizado dos alunos. E como vamos avaliar e capacitar os professores? (...) (No Reino Unido) Nós levamos 1.000 anos para desenvolver esse sistema de educação que temos hoje. Ou, no caso do Brasil, 300 ou 200 anos... Então essa mudança não vai acontecer da noite para o dia, vai levar anos, talvez décadas", disse o pesquisador, em encontro promovido pelo Instituto Inspirare, em São Paulo. [Fonte: Terra]

9/02/2012

Críticas a escolas unem blogueiras mirins de Brasil e Escócia


Embora uma esteja em Argyll, na Escócia, e a outra em Florianópolis, no Brasil, as meninas Martha Payne, 9 anos, e Isadora Faber, 13, têm muito em comum. Tímidas, porém questionadoras, as duas sonham em ser jornalistas e chamaram a atenção da mídia ao criticar as escolas onde estudam em blogs na internet, cobrando das autoridades soluções para os problemas.
A convite da BBC Brasil, as duas blogueiras-mirins trocaram vídeos contando mais sobre a experiência pessoal de cada uma. Martha ficou feliz em saber que serviu de inspiração para Isadora. "Bom trabalho! Aposto que você também vai inspirar muitas outras crianças ao redor mundo!", disse a escocesa no vídeo.
Ainda no final de abril, a escocesa criou o blog Never Seconds (Nunca Repetir o Prato, em tradução livre), criticando a pouca quantidade e baixa qualidade da merenda em sua escola. Além de apontar que alguns alimentos não eram saudáveis, Martha dizia que muitas vezes chegava em casa ainda com fome.
Na época, a BBC Brasil entrevistou o pai da menina, Dave Payne, trazendo a história para o público brasileiro. Na capital de Santa Catarina, Eduarda Faber, de 15 anos, leu a reportagem na internet e mostrou para a irmã mais nova.
Conhecida na família por seu lema "tacar o horror", Isadora, que desde muito antes já dizia que pretende trabalhar como repórter, se inspirou pela ideia e logo enxergou a possibilidade de expandir o projeto. "Se ela falou das merendas e deu resultado, vou falar também de outras coisas, porque minha escola tem mais problemas", foi a reação da garota, relembra a mãe, Mel Farber.
Brasil
Por ser mais nova, Martha divulgou as fotos das merendas em um blog montado e mantido com a ajuda do pai. Já a pré-adolescente brasileira criou sozinha a página Diário de Classe: A Verdade no Facebook, com fotos de bebedouros e ventiladores quebrados, uma quadra sem cobertura e até um pedido para que um professor fosse substituído.

"Estamos no Brasil, as coisas podem ser mais difíceis", aconselhou a mãe. "Mas mesmo assim ela embarcou na ideia e seguiu firme", conta. Dias depois, após sites de notícias, jornais e programas de TV darem destaque ao assunto, o governo local anunciou a troca do professor e uma série de reformas foram iniciadas na escola.
Como boa jornalista, Isadora está de olho e vem postando fotos das obras que incluiem pintura da escola, novos banheiros, instalação de novas portas e até de um telefone público novo. O blog da escocesa Martha foi lido por quase 8 milhões de pessoas em quatro meses e a página da brasileira Isadora no Facebook, em pouco mais de um mês já conquistou quase 200 mil seguidores.
Reações
Martha também conseguiu o que queria. Seu blog virou notícia não só na Grã-Bretanha mas em diversos países, e sobretudo nos Estados Unidos e na Austrália, muitas crianças copiaram a ideia. "Sei que também há projetos semelhantes na França, Alemanha e na Nova Zelândia", diz Dave. "Mas a grande maioria foca no assunto das merendas. A página da Isadora é a primeira a tratar de tantos assuntos, em um lugar tão longe, e sem dúvida é a que rendeu mais repercussão até agora", acrescenta o pai da menina.

Tanto a escocesa como a brasileira, no entanto, tiveram que manter-se firmes diante de represálias dentro e fora da escola. "Os professores apoiavam, mas o conselho de educação da região não gostou e acabou retaliando", diz Dave. Em junho, o conselho de Argyll decidiu que a menina não poderia mais postar fotos de merendas em seu blog e proibiu os professores de comentarem o assunto em sala de aula.
"É difícil, porque o governo é muito maior do que nós. Ela se assustou, mas logo expliquei que os adultos ficaram bravos porque estavam com muita vergonha", explica o escocês.
Em Florianópolis, professores, coordenadores, a diretora e até as merendeiras da escola quiseram impedir Isadora de continuar com as críticas. "Puxavam o prato da mão dela na hora da merenda. Foi sério. Ela sofreu repressão mesmo e ainda não terminou, porque a reforma da escola está na metade. Mesmo assim ela nunca faltou à aula", diz Mel.
A página da catarinense entrou no ar no dia 13 de julho, mas só ganhou repercussão nacional nesta semana. "Tive até que me afastar do trabalho. Ela tem dado entrevistas todos os dias, para jornal, portais, telejornais. Não posso deixá-la sozinha", diz a mãe da catarinense.
África e livro
Além das críticas às merendas, o blog de Martha lançou uma campanha para arrecadar fundos para a Mary's Meal, uma entidade de caridade que entrega alimentos a escolas na África.

Em quatro meses ela arrecadou 114 mil libras (R$ 370 mil), e no fim de setembro irá ao Malawi, um dos países mais pobres do continente africano, para acompanhar os programas beneficentes. Dave adiantou à BBC Brasilque ele e Martha estão escrevendo um livro sobre o blog, os bastidores, e como o projeto foi recebido pelo conselho de educação e por crianças ao redor do mundo. Com previsão de lançamento para o Natal, o livro se chamará Never Seconds.
"O contato entre Martha e Isadora certamente será um dos pontos altos do livro", diz Dave. "Precisamos comemorar o que estas duas meninas estão fazendo. O mais bacana é que não há política para as crianças. Elas veem o mundo real, e é ótimo vê-las sendo ouvidas. Elas não têm medo de errar. Os adultos desistem muito fácil". [Fonte: Terra]


8/01/2012

Professores usam redes sociais para atrair participação dos alunos


No momento em que os jovens estão cada vez mais envolvidos com redes sociais, professores buscam maneiras de tornar a internet, vista por muitas escolas como um problema, uma ferramenta para auxiliar na educação. O objetivo destes educadores é tornar os alunos protagonistas do processo de aprendizado.
Para o educador do Colégio Bandeirantes, em São Paulo, Alexandre Le Voci Sayad, poucas vezes o aluno tem espaço para dar sua opinião, mas as redes sociais se tornaram uma extensão da sala de aula onde a participação do estudante é bem-vinda. "O que faz a diferença é você parar de dar soco em ponta de faca, de achar que tudo que o jovem faz é errado. O desafio como educador é pegar o que faz sentido para o jovem e potencializar", diz.
Com o uso das redes sociais, há um envolvimento maior dos alunos, segundo o professor Paulo Cesar Campos da E.M.E.F. Ângela Cury Zakia, em Campinas (SP). Ele acredita que, quando o estudante começa a usar plataformas digitais como o Facebook, usando a sua linguagem, ele quer produzir, não apenas compartilhar publicações de outros. O professor ressalta ainda a importância de haver uma educação digital, que guie os alunos na navegação, com indicações de sites para pesquisa.
"Quando a gente pensa a educação, é claro que prezamos por coisas que são tidas como tradicionais, mas eu acho interessante quando o aluno deixa de ser só ouvinte e passa a ser participante", afirma o professor Ivan Ignácio Pimentel, do Colégio Marista São José, na Tijuca, Rio de Janeiro. Pelas redes sociais, o educador acredita poder avaliar o comportamento dos alunos em grupo e identificar espírito de liderança em alguns deles.
Iniciativa municipal capacita alunos e professores 
Paulo Cesar Campos é professor de artes e orientador do Projeto Aluno Monitor na E.M.E.F. Ângela Cury Zakia, iniciativa da Prefeitura Municipal de Campinas. O objetivo do projeto é capacitar estudantes para atuar como monitores na sala de informática das escolas, auxiliando colegas e professores, fazendo publicações em blogs e no YouTube. O professor participou de um curso de formação oferecido pela prefeitura para capacitar os monitores.

Em suas aulas, Campos também utiliza as redes sociais, tirando dúvidas e acompanhando a realização de trabalhos online. "Não aplico uma aula para os alunos do 6º ao 9º ano sem usar multimídia, pois, dependendo da discussão, posso facilmente acessar um vídeo sobre o assunto, abrir sites de pesquisa, blogs e fóruns de discussão", conta.
Em parceria com a professora Eliane Lucy Marcelino, alfabetizadora da turma, o professor de artes realizou uma atividade com os alunos do 4º ano. Eles pesquisaram músicas e textos em sites indicados e gravaram vídeos com encenações de fantoches. Projetos semelhantes são realizados com outras turmas, em que são feitas pesquisas sobre diferentes assuntos e, em seguida, gravados vídeos. Para ele, a rede é entretenimento e trabalho, por isso "é preciso ensinar os alunos a utilizar a internet sem preconceitos em relação ao seu uso como forma de expressão".
Idade Mídia, a comunicação como curso extra classe
Educador e jornalista, Alexandre Le Voci Sayad criou, há dez anos, o curso extra classe Idade Mídia, no Colégio Bandeirantes, direcionados a alunos do 2º ano do Ensino Médio. "A ideia é que eles entendam a mídia e produzam a mídia deles, é misturar educação e comunicação. Com a chegada das redes sociais, nada mais natural, para mim, do que usá-las", afirma.

No curso, os estudantes realizam a cobertura de eventos envolvendo o colégio, como campeonatos esportivos, por meio do Twitter e do Facebook. O microblog também é utilizado pelo educador para transmitir as aulas, através da twitcam. Além das coberturas, a comunicação é vivenciada por meio de projetos escolhidos pelos estudantes. Algumas turmas produzem revistas, outras, documentários.
A cada ano, o curso muda, de acordo com a tecnologia, passando pelos blogs e pelas diferentes redes sociais. O projeto incentivou outros professores a utilizarem a internet. Aos poucos, cada um foi criando seu blog e, hoje, todos utilizam esse recurso voluntariamente, segundo Sayad. O educador escreveu um livro que leva o mesmo nome do curso, Idade Mídia, falando sobre a iniciativa para que sirva de inspiração para a criação de outros cursos.
Sustentabilidade no Facebook
No Colégio Marista São José, existe a disciplina de sustentabilidade, ministrada pelo professor Ivan Ignácio Pimentel. Para trabalhar o conteúdo, ele criou um projeto para discutir questões econômicas e ambientais relacionadas ao lixo, tratando de temas como reciclagem e cooperativismo.

Os alunos criaram produtos a partir de materiais considerados lixo, como garrafas pet. O Facebook foi utilizado para a divulgação das criações. "A ideia foi utilizar uma ferramenta simples, onde os alunos e a sociedade tivessem acesso", afirma Pimentel. Foram criadas páginas vinculadas às turmas, cada uma delas trabalhou como uma cooperativa. Os objetivos eram estimular o interesse dos alunos a acompanhar a evolução do projeto, proporcionar a interação entre eles e mostrar a importância da rede. A partir da iniciativa, outros novos projetos foram criados e serão desenvolvidos em outras disciplinas no próximo semestre.[Fonte: Terra]

Professores usam redes sociais para atrair participação dos alunos


No momento em que os jovens estão cada vez mais envolvidos com redes sociais, professores buscam maneiras de tornar a internet, vista por muitas escolas como um problema, uma ferramenta para auxiliar na educação. O objetivo destes educadores é tornar os alunos protagonistas do processo de aprendizado.
Para o educador do Colégio Bandeirantes, em São Paulo, Alexandre Le Voci Sayad, poucas vezes o aluno tem espaço para dar sua opinião, mas as redes sociais se tornaram uma extensão da sala de aula onde a participação do estudante é bem-vinda. "O que faz a diferença é você parar de dar soco em ponta de faca, de achar que tudo que o jovem faz é errado. O desafio como educador é pegar o que faz sentido para o jovem e potencializar", diz.
Com o uso das redes sociais, há um envolvimento maior dos alunos, segundo o professor Paulo Cesar Campos da E.M.E.F. Ângela Cury Zakia, em Campinas (SP). Ele acredita que, quando o estudante começa a usar plataformas digitais como o Facebook, usando a sua linguagem, ele quer produzir, não apenas compartilhar publicações de outros. O professor ressalta ainda a importância de haver uma educação digital, que guie os alunos na navegação, com indicações de sites para pesquisa.
"Quando a gente pensa a educação, é claro que prezamos por coisas que são tidas como tradicionais, mas eu acho interessante quando o aluno deixa de ser só ouvinte e passa a ser participante", afirma o professor Ivan Ignácio Pimentel, do Colégio Marista São José, na Tijuca, Rio de Janeiro. Pelas redes sociais, o educador acredita poder avaliar o comportamento dos alunos em grupo e identificar espírito de liderança em alguns deles.
Iniciativa municipal capacita alunos e professores 
Paulo Cesar Campos é professor de artes e orientador do Projeto Aluno Monitor na E.M.E.F. Ângela Cury Zakia, iniciativa da Prefeitura Municipal de Campinas. O objetivo do projeto é capacitar estudantes para atuar como monitores na sala de informática das escolas, auxiliando colegas e professores, fazendo publicações em blogs e no YouTube. O professor participou de um curso de formação oferecido pela prefeitura para capacitar os monitores.

Em suas aulas, Campos também utiliza as redes sociais, tirando dúvidas e acompanhando a realização de trabalhos online. "Não aplico uma aula para os alunos do 6º ao 9º ano sem usar multimídia, pois, dependendo da discussão, posso facilmente acessar um vídeo sobre o assunto, abrir sites de pesquisa, blogs e fóruns de discussão", conta.
Em parceria com a professora Eliane Lucy Marcelino, alfabetizadora da turma, o professor de artes realizou uma atividade com os alunos do 4º ano. Eles pesquisaram músicas e textos em sites indicados e gravaram vídeos com encenações de fantoches. Projetos semelhantes são realizados com outras turmas, em que são feitas pesquisas sobre diferentes assuntos e, em seguida, gravados vídeos. Para ele, a rede é entretenimento e trabalho, por isso "é preciso ensinar os alunos a utilizar a internet sem preconceitos em relação ao seu uso como forma de expressão".
Idade Mídia, a comunicação como curso extra classe
Educador e jornalista, Alexandre Le Voci Sayad criou, há dez anos, o curso extra classe Idade Mídia, no Colégio Bandeirantes, direcionados a alunos do 2º ano do Ensino Médio. "A ideia é que eles entendam a mídia e produzam a mídia deles, é misturar educação e comunicação. Com a chegada das redes sociais, nada mais natural, para mim, do que usá-las", afirma.

No curso, os estudantes realizam a cobertura de eventos envolvendo o colégio, como campeonatos esportivos, por meio do Twitter e do Facebook. O microblog também é utilizado pelo educador para transmitir as aulas, através da twitcam. Além das coberturas, a comunicação é vivenciada por meio de projetos escolhidos pelos estudantes. Algumas turmas produzem revistas, outras, documentários.
A cada ano, o curso muda, de acordo com a tecnologia, passando pelos blogs e pelas diferentes redes sociais. O projeto incentivou outros professores a utilizarem a internet. Aos poucos, cada um foi criando seu blog e, hoje, todos utilizam esse recurso voluntariamente, segundo Sayad. O educador escreveu um livro que leva o mesmo nome do curso, Idade Mídia, falando sobre a iniciativa para que sirva de inspiração para a criação de outros cursos.
Sustentabilidade no Facebook
No Colégio Marista São José, existe a disciplina de sustentabilidade, ministrada pelo professor Ivan Ignácio Pimentel. Para trabalhar o conteúdo, ele criou um projeto para discutir questões econômicas e ambientais relacionadas ao lixo, tratando de temas como reciclagem e cooperativismo.

Os alunos criaram produtos a partir de materiais considerados lixo, como garrafas pet. O Facebook foi utilizado para a divulgação das criações. "A ideia foi utilizar uma ferramenta simples, onde os alunos e a sociedade tivessem acesso", afirma Pimentel. Foram criadas páginas vinculadas às turmas, cada uma delas trabalhou como uma cooperativa. Os objetivos eram estimular o interesse dos alunos a acompanhar a evolução do projeto, proporcionar a interação entre eles e mostrar a importância da rede. A partir da iniciativa, outros novos projetos foram criados e serão desenvolvidos em outras disciplinas no próximo semestre.[Fonte: Terra]

7/10/2012

Rio: estudantes estão conectados, mas não têm hábito de ler


A pesquisa Escolas Estaduais do Rio do Janeiro - Percepções e Expectativas de Alunos revela que 92% dos estudantes do Ensino Médio da rede estadual estão conectados à internet, mas o hábito de ler não faz parte da vida deles. De modo geral: 14% dos 4 mil alunos consultados disseram não ter lido nenhum livro nos últimos cinco anos. Um livro foi lido no período por 11% dos estudantes; dois ou três livros por 26% e quatro ou cinco livros por 17%. O estudo foi efetuado pelo Instituto Mapear para a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro.
Entre os alunos que leram mais que um livro em média nos últimos cinco anos, a pesquisa registrou que 14% leram entre 6 e 10 livros, 8% entre 11 e 20 e 10% leram mais que 20 livros em cinco anos.
A pesquisa Retrato da Leitura no Brasil, divulgada em março deste ano pelo Instituto Pró-Livro, registra que, na faixa etária entre 5 e 10 anos, as crianças brasileiras leram 5,4 livros, no ano passado. Entre os pré-adolescentes, de 11 a 13 anos, a taxa de leitura ficou em 6,9 livros por ano e entre adolescentes de 14 a 17 anos (mesma faixa etária da pesquisa realizada no estado do Rio de Janeiro) foram lidos 5,9 livros em 2011.
Os números são menores do que os registrados na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil realizada em 2007, mas, segundo o Instituto Pró-Livro, a queda se deve a uma diferença de metodologia em relação ao estudo deste ano, não necessariamente à uma queda no número de leitores no País.
O baixo índice de leitura entre os alunos do Ensino Médio da rede pública estadual fluminense pode ser atribuído a um fator histórico, disse o subsecretário de Gestão do Ensino, Antonio Neto. O subsecretario informou que 70% dos pais de alunos não têm o Ensino Fundamental completo. "No ambiente familiar o aluno não encontra estímulo para a leitura", disse.
Nas famílias de classe média, que costumam assinar jornais e periódicos, os estudantes conseguem ter mais acesso a algum tipo de leitura. "No caso das famílias mais pobres, nós não vemos isso. Vemos grandes dificuldades. O papel da escola passa a ser mais importante, porque é um quadro que tem que ser revertido desde os anos iniciais da educação", disse Neto. A pesquisa foi pautada no Ensino Médio e mostra que a leitura tem que ser fortalecida desde os anos iniciais do Ensino Fundamental, "para que no Ensino Médio, o aluno tenha uma convivência com o livro muito maior".
Neto observou que, "como o mundo ideal não existe", é preciso trabalhar com a realidade. Para fomentar ações que incentivem o gosto pela leitura entre os alunos, a Secretaria Estadual de Educação do Rio utiliza ferramentas, como a Semana de Artes das escolas públicas estaduais.
A iniciativa foi resultado de trabalhos efetuados por escolas da rede estadual que envolveram várias linguagens, entre as quais música, dança, pintura, literatura, vídeo e teatro. ¿Essa ação de fomento à arte está necessariamente ligada à leitura", disse. Foram cinco dias de ações escolares, o que levou a secretaria a decidir ampliar o evento no próximo ano.
Outra ação de incentivo ao hábito de ler entre os estudantes é o Salão do Livro das Escolas Estaduais. O evento é anual e constitui uma oportunidade de as unidades escolares adquirirem novos livros para os estudantes. Cerca de 141 unidades participaram da última edição, que teve uma verba de R$ 8 milhões.
Novas ações estão sendo formatadas com o objetivo de serem introduzidas na rede de ensino em 2013. Neto esclarece que a secretaria não trabalha com o conceito de bibliotecas, mas de salas de leitura nas escolas. O acervo dessas unidades considera uma proporção média de três livros, "pelo menos", por aluno, conforme determina a legislação atual para bibliotecas.
A secretaria criou, no ano passado, a função de "professor agente de leitura". Esse profissional começará a ser colocado nas escolas ainda neste semestre com a função de fomentar a leitura. Ele terá também a atribuição de criar estratégias para que o aluno "utilize e trabalhe com esses livros".[Fonte: Terra]

7/02/2012

Novas plataformas substituirão livro didático, diz sociólogo Pierre Lévy


As mudanças tecnológicas, tão aceleradas do mundo moderno, vão chegar de vez à sala de aula, e é bem possível que computadores, tablets e outras plataformas substituam o livro didático e o caderno. A previsão é do especialista em internet Pierre Lévy, sociólogo e professor da Universidade de Ottawa, no Canadá. Ele participou do 5º Congresso Internacional da Rede Católica de Educação, que terminou neste domingo em Brasília.
"É difícil dizer o que será a civilização no futuro. Aquilo que vamos construir não é imaginável agora. Nós estamos em um momento de grande transformação cultural", avalia o especialista. Ele não descarta, no entanto, que as crianças continuem aprendendo habilidades básicas do mundo pré-digital, como a escrita à mão. "A priori, eu diria que é importante ensinar a escrever a mão. É importante manter isso assim como fazer o cálculo mental, apesar de todo mundo ter calculadora", defende.
Para Lévy, mudarão os materiais pedagógicos e mudarão as competências dos estudantes. "Os alunos do futuro serão pessoas criativas, abertas e colaborativas. Ao mesmo tempo, serão capazes de se concentrar com uma mente disciplinada. É necessário equilibrar os dois aspectos: a imensidão das informações disponíveis, colaborações e contatos; com (a capacidade de) planejamento, realização de projetos, disciplina mental e concentração".
O sociólogo defende o uso das redes sociais para ensino e aprendizagem. Ele mesmo obriga os seus alunos a criarem grupos no Facebook, postarem textos ou vídeos e participarem de grupos de discussão. "O Facebook é apenas uma das mídias sociais em um contexto de participação. Não são as novas mídias que terão impacto negativo. São as pessoas que postam coisas negativas. É como se perguntar qual o impacto negativo da linguagem porque tem muita mentira. Não é a linguagem que tem impacto negativo, são os mentirosos!", comparou.
Lévy acredita que a nova cultura baseada na informática e a economia do conhecimento impliquem novas formas de sociabilidade: ambientes mais colaborativos, em rede e auto-organizados formando uma memória coletiva. Essas transformações exigirão habilidades que precisam ser ensinadas como a capacidade dos alunos em avaliar as fontes de informação, identificar orientações, ter atitude crítica quanto aos conteúdos.
Ao ser indagado pela Agência Brasil se o País, com baixo índice de aprendizagem generalizado e ainda com número elevado de adultos analfabetos, conseguirá formar seus estudantes com essas capacidades Lévy foi otimista: "Eu fico sempre surpreso ao ver até que ponto os brasileiros têm uma ideia negativa do seu próprio país. Primeiramente, vocês estão se transformando na quinta potência econômica do mundo, com uma taxa de crescimento muito elevada. Sim, tem analfabetismo, mas, apesar disso, há um esforço muito importante focado na educação, e o que eu vejo sempre que venho para cá é um monte de pessoas dedicadas para trabalhar na educação."
Para o sociólogo, o Brasil está ciente de que o futuro do País está no investimento na educação. "Não fiquem desesperados e continuem com esse entusiasmo extraordinário", completou. Lévy reconhece que os problemas existem, mas ressalta que eles têm que ser resolvidas com "as ferramentas de hoje e com a visão do futuro".[Fonte: Terra]

6/26/2012

Google cria cérebro artificial capaz de detectar rostos em imagens distintas

O Google tem dentro da sede da empresa em Moutain View um laboratório de pesquisa chamado Google X, com vários projetos secretos. Um desses projetos foi divulgado pela empresa nessa terça-feira (26) e tem como objetivo simular um cérebro humano. Para isso, eles criaram um servidor neural, conectando mil computadores com 16 mil processadores no total e com acesso à Internet.


Os funcionários do Google resolveram testar as habilidades do computador com um teste simples: fizeram ele processar 10 milhões de capturas de tela de vídeos do You Tube. O resultado do experimento foi um computador neural que conseguiu, sozinho, aprender o que são gatos e identificá-los nas várias imagens.
Ele também conseguiu separar das imagens outros 20 mil itens distintos, algo que os pesquisadores garantem que tem pelo menos o dobro de precisão de qualquer algoritmo neural atualmente desenvolvido. A rede neural criada pelo Google é tão potente que, de acordo com David Bader, diretor de computação em alta performance da universidade Georgia Tech, disse que vai ser possível replicar um cortex visual de seres humanos até o final da próxima década.
Os pesquisadores rensponsáveis pelo experimento, liderados pelo cientista da Universidade de Stanford Andrew Y Ng, planejam apresentar detalhes do computador durante uma conferência que acontece essa semana na Europa. [Fonte:Techtudo]

Laboratório de pesquisa do Google chamado de Google X desenvolve projetos inovadores (Foto: Reprodução)

6/22/2012

Atividade de Aprendizagem - Atividade 02

Atividade:
1. Acesse o Portal do Professor.
2. Escolha um texto (artigo) e faça um ou mais mapas conceituais do mesmo.
3. Socialização das ideias do texto.
3. Declaração de leitura solicitada pelo professor.

Você encontrará mais fontes para leituras e aprofundamento relacionadas no Portal do Professor:
· Acesse o Portal do Professor
· Pesquise no item Jornal do professor
· Busque a opção Cultura
· Localize a edição Novas Tecnologias na Educação, selecionando no lado superior direito da tela um dos itens da opção Edições.


Endereço de acesso direto para o Portal do Professor: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/journalContent.action?editionId=2&categoryId=4 

6/17/2012

Plataformas online são tendência no ensino em países estrangeiros


É possível que, no futuro, escolas e universidades sejam deslocadas para uma grande sala de aula na web? O investimento de prestigiadas universidades americanas no sistema de ensino a distância aponta que o método está ganhando cada vez mais espaço no meio acadêmico. Recentemente, gigantes do ensino superior nos Estados Unidos têm aprimorado iniciativas que remontam a projetos como a Khan Academy, site criado em 2006 que disponibiliza videoaulas educativas gratuitamente.
Hoje, mesmo quem não está matriculado em grandes centros universitários tem acesso ao conteúdo das aulas presenciais e pode participar de fóruns online, interagindo com outros estudantes e com professores, a custo zero. A proposta interativa é a base de novas plataformas como o edX, uma parceria entre a Universidade de Harvard, o Massachussetts Institute of Technology (MIT) e o Coursera, do qual participam cinco universidades americanas.
Oferecendo cursos de centros como Princeton e a Universidade da Califórnia em Berkeley, o Coursera teve início no segundo semestre de 2011, quando o departamento de Ciências da Computação da Universidade de Stanford lançou sua plataforma de ensino online. O oferecimento gratuito de apenas dois cursos da instituição levou cerca de 200 mil estudantes do mundo todo a se inscreverem. Segundo Daphne Koller e Andrew Ng, fundadores do Coursera, foi possível perceber no grupo o desejo por experiências educacionais acessíveis e de qualidade e que pudessem capacitar as pessoas a melhorar suas vidas e a de suas comunidades.
A partir de então, o interesse dos estudantes decolou, e foram adicionados novos cursos, que vão desde algoritmos até mitologia grega e romana, oferecidos também por outras instituições conceituadas. Segundo os fundadores, a proposta do Coursera foi muito bem recebida por grandes universidades. O projeto conta com um investimento de US$ 16 milhões (aproximadamente R$ 32 milhões) de empresas do Vale do Silício.
Os cursos oferecidos no site consistem em videoaulas de dez a 15 minutos, disponibilizadas aos poucos (o calendário com as datas de lançamento das aulas está disponível na página de cada curso). As lições são complementadas por meio de testes e exercícios formulados com base em princípios pedagógicos que visam a garantir máxima apreensão e retenção do conteúdo - como o método de domínio da aprendizagem (mastery learning), que permite a cada estudante aprender em seu próprio ritmo. Há, ainda, fóruns interativos onde os estudantes podem trocar ideias com outros alunos e receber feedback dos professores, monitorando seu progresso. O elemento social-interativo é o que diferencia o Coursera de iniciativas como a Khan Academy e os consórcios Open Course Ware - esta última adotada no Brasil por instituições como a Unicamp. Nesse tipo de plataforma, o conteúdo acadêmico disponibilizado gratuitamente em vídeo não é complementado com a assistência dos professores.
Conteúdo, não formação
Os termos do site esclarecem que a intenção do Coursera não é a de substituir o ensino formal: os cursos oferecidos não rendem créditos universitários aos estudantes, e apenas alguns podem emitir certificados de participação, conforme o desempenho do aluno.

Porém, resta o debate sobre como essa nova abordagem irá repercutir no sistema de educação a distância em todo o mundo - somente no Brasil, 15% dos universitários estão matriculados em programas de ensino a distância, e as projeções do Ministério da Educação (MEC) é que o sistema atenda a mais de 600 mil alunos até 2014. "O Coursera tem grande potencial. Certamente o oferecimento de conteúdos educacionais online é uma tendência irreversível que trará impactos na educação formal", diz o professor Romero Tori, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e do Centro Universitário Senac e autor do livro Educação sem Distância - As Tecnologias Interativas na Redução de Distâncias em Ensino e Aprendizagem (ed. Senac).
Segundo ele, os pontos fortes desse tipo de iniciativa são a democratização no acesso ao conhecimento - que oferece oportunidades a pessoas de qualquer lugar ou faixa social que desejem aprender de forma autodidata - e a possibilidade dos professores de escolas formais utilizarem o material online como apoio aos cursos presenciais.
Contudo, Tori não crê que o modelo lançado pelo Coursera aponte para um futuro feito de escolas e universidades virtuais e afirma que a substituição dos cursos formais pelas aulas a distância é uma ideia reducionista. "Esses materiais online distribuídos de forma massificada oferecem conteúdos, não formação. Há muito tempo sabemos que os modelos 'conteudistas' e baseados em estímulo-resposta - que são justamente os modelos do Coursera, Khan Academy e outros - são ultrapassados. Não que conteúdos não sejam importantes: o erro está em se parar por aí. A boa educação vai além, com atividades que envolvem construção de conhecimento, aprendizagem por projetos, trabalhos em equipe, sempre supervisionados de perto por professores."
Tori acredita que projetos como o Coursera podem auxiliar na redução da demanda por conteúdo em sala de aula, liberando tempo das aulas presenciais para atividades de construção do conhecimento, além de "desmascarar" profissionais cujo método de ensino é baseado na simples transmissão de conteúdo.
Para José Armando Valente, professor do departamento de Multimeios do Instituto de Artes da Unicamp, as próprias limitações existentes no ensino formal do País dificultam que as vantagens oferecidas por esse sistema, como as atividades de criação coletiva do conhecimento, sejam verificadas na prática. "Hoje, nas salas de aula, não existem tantas possibilidades como nos cursos a distância. Você expõe o conteúdo e o aluno não tem chances de aplicar tudo aquilo que ele está vendo", diz o professor.
Citando o exemplo das aulas de cirurgia médica, o professor ressalta que o sistema não é totalmente adequado a disciplinas de caráter majoritariamente prático, mas diz que, em grande parte das matérias oferecidas atualmente nos cursos a distância, além do conteúdo, há a oportunidade de se desenvolver atividades mais vantajosas do ponto de vista prático por meio das ferramentas interativas do sistema. "É uma grande oportunidade para as pessoas exercitarem o conhecimento", afirma.
Koller e Ng também acreditam que as possibilidades oferecidas pelo virtual podem dar origem a uma nova experiência potencialmente tão rica quanto as aulas tradicionais. Os cursos online, que até agora se baseavam principalmente em vídeos complementares às lições presenciais, têm grande potencial para criar novas experiências de aprendizagem que vão além das aulas tradicionais, defendem os fundadores do Coursera. Eles ressaltam que, em vez de simplesmente assistirem a uma aula, cada vez mais os estudantes podem acessar recursos online que inspiram novos modos de pensar, praticar e interagir com o material e as pessoas, contribuem para melhores resultados no aprendizado.
O projeto ainda está aperfeiçoando os métodos de ensino e atendimento ao aluno, mas as expectativas são de que dezenas de milhões de estudantes assistam às aulas nos próximos cinco anos, fazendo das plataformas online uma ferramenta de estudo não só dos estudantes americanos, mas do mundo inteiro.[Fonte: Terra]

5/10/2012

100 ferramentas de ensino que você deveria conhecer

O melhor professor do mundo, segundo 4 milhões de estudantes


Organização educacional sem fins lucrativos, a Khan Academy, está revolucionando o ensino online, seguindo rigidamente sua missão de “prover educação de qualidade para qualquer um em qualquer lugar”. A academia provê uma coleção de mais de 2.700 vídeos online abrangendo principalmente matemática, mas também astronomia, economia, finanças, física, história e química.
 O melhor professor do mundo, segundo 4 milhões de estudantes
Criada por Salman Khan, de 34 anos, a academia veicula seu conteúdo por meio de vídeos no YouTube, simples assim. Começou com explicações descomplicadas em vídeo, mas, depois de milhões de dólares em doações e um processo de expansão da companhia, a implementação ficou bem mais abrangente.
O portal tem exercícios que permitem testar o entendimento de cada lição, o que permite o acompanhamento do progresso usando métricas muito inteligentes. Os professores, mais conhecidos como "treinadores", podem facilmente monitorar o progresso dos alunos em grupos. Os estudantes, por sua vez, recebem crachás indicativos de mérito, como forma de mantê-los motivados. Tudo isso de graça.
 O melhor professor do mundo, segundo 4 milhões de estudantes
O sistema oferece um software que serve de professor, utilizando uma linguagem próxima à dos games, com pontuação de "energia" para representar as conquistas do aluno ao longo do aprendizado. Um vídeo com o próprio Sal Khan mostra o processo.
Os mapas de conhecimento foram construídos de maneira altamente intuitiva e fácil de usar, lembrando um pouco a filosofia do Google Maps, sendo que o mapa sendo visto, na verdade, é um esquema hierárquico de módulos interconectados que representam as etapas de aprendizado e os níveis de cada lição. E, além dos exercícios de teste, há também as avaliações.
Sal Khan, natural de Bangladesh, inspirou-se no projeto da academia enquanto servia de tutor para seus primos menores. Resolveu se preparar mais, desenvolvendo ferramentas de software para facilitar o ensino.
- A ideia de Sal Khan é genial. Ele quebra o conhecimento matemático em pequenas lições em vídeo com no máximo 12 minutos - comenta Bill Gates (veja o comentário dele em vídeo). - Vejo o Sal como um pioneiro, com sua metodologia que tem tudo para levar conhecimento de maneira fluida e agradável para os estudantes de qualquer lugar do planeta onde exista conectividade à internet. Sem dúvida, é o início de uma revolução.
As metas de Khan são ambiciosas e, segundo ele próprio, podem mudar o panorama da educação no mundo inteiro.
- Quero criar um modelo de escola online autônoma em que o aluno possa entrar sabendo apenas como usar o mouse e mais nada, e ir aos poucos se instruindo, galgando patamares, avaliando a si mesmo e crescendo em qualquer matéria de estudos - explica Khan.
É claro que algumas matérias não podem ser ensinadas em um ambiente puramente online com conteúdo pronto, como, por exemplo, redação. No entanto, que tal um futuro em que qualquer aluno possa ter acesso a conhecimento em seu próprio idioma (sobretudo no seu próprio ritmo de aprendizado), sem ter que pagar por esse aprendizado qualquer quantia a mais do que já paga por seu acesso à internet? É algo que poderá mudar o planeta.[Fonte: Canal do Ensino]

Precisa de Ajuda?

ESTUDE A PALAVRA DE DEUS AGORA!

ESTUDE A PALAVRA DE DEUS AGORA!
Cursos e Estudos Bíblicos Gratuítos

Mais Postagens: